Uma carta para Alzira Margarida

E...numa noite...26/02/2014 - segurei tuas mãos para a despedida.

Dois meses (hoje) sem ela. E...tantos bebês chegando ao planeta. A vida fazendo seus resgates. 

Oi Mãe! Oi Mamis! Oi Mã! Oi Alzirinha! Oi Dona Alzira Margarida!
Era assim que eu sempre me referia à você meu anjo bom!

Mãe...é época de pinhão...lembra?
Quando podia você descascava sozinha e no depois...eu...tua filha.
Adorávamos!
O frio entrando de mansinho. Outono no pedaço e lembro dos cuidados nos banhos mais rápidos, banheiro aquecido, tudo em detalhes.

Sei que já tem consciência da passagem que fez(*recebi um recado ontem*), porém (soube) ainda um tanto apegada aos cheiros, toques, lugar e sente falta de nós.
Isso passa meu amor.
Siga aqueles que te querem bem. Tua espiritualidade é tão forte quanto a minha.
Te sinto bem! Um tanto além e venceremos essa ausência física.
Dois meses (hoje) sem ela. E...tantos bebês chegando ao Mundo. 
A vida fazendo seus resgates...

Ela está em outra dimensão. Esta carta, em alguma fração de segundos,  encontrará seu destino.
A gente fica aqui na labuta terrena, às vezes, num turbilhão de saudade.
Será amenizada e já está sendo.
Várias energias purificadas chegando até aí...

Mamis preciso te contar algo antes de teu Adeus...
No velório, uma pessoa conhecida de ambas, veio me abraçar e eu disse à ela:
-Sonhei contigo...
(Realmente sonhei no dia 24 de Fevereiro e contei todos os detalhes aqui em casa).
Impressionante os elementos, o colorido e principalmente o "mármore" em todos os lugares onde estive.
Ok. A nossa amiga olha no fundo da minha alma e descreve que também sonhou.
Descreveu um pijama igual ao seu! 
Aquele que troquei uma meia hora anterior ao seu último suspiro!
"Ninguém viu o pijama...era novo!"
Você suou muito e peguei este que estava no plástico.
Não sei como mamis, mas eu e ela tivemos projeções parecidas.
Depois silenciamos, pois o momento foi de reflexão.

Muitos sinais vieram naquela semana de Verão.
Alzirinha e...logo, logo, abrirá a visão e por algum tempo verá toda a família, todas as novidades.

Desculpe "Mã"... Não levei margaridas no C. Parque Iguaçu(aquele lugar me dá uma Paz incrível).
Preferi uma conexão diferente.
Levarei no teu campo um ramalhete simples Margaridas(do jeito que apreciava).

Fica aqui uma homenagem póstuma lotada de amor incondicional.
Uma Mãe é um sopro sagrado!
Felizes os humanos que desfrutam de mamães vivas ou com boas recordações na linha da vida.

Te amo!
Voe amparada na luz!

Sua filha Lilha - Marília