Universo de Memórias

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Otimismo se as pesquisas continuarem


Otimismo com descoberta para cura do Alzheimer se justifica?

Atualizado em  13 de outubro, 2013 - 08:19 (Brasília) 11:19
Cérebro afetado pelo Alzheimer (SPL)
Substância química evitou morte de tecido cerebral em camundongo
Manchetes que anunciam "cura do Alzheimer" ou "grande descoberta em Alzheimer" são comuns e, nesta semana, mais uma se juntou a elas.
Pesquisadores britânicos descobriram a primeira substância química capaz de evitar a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios.
Ainda são necessárias mais pesquisas para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas dizem que um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como Alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, entre outras.
O jornal britânico The Times anunciou "Cura para o Alzheimer 'está ao alcance'" na primeira página. O The Independent saiu com "Cientistas comemoram descoberta histórica na guerra contra o Alzheimer".
Apesar de não se tratarem de manchetes novas, uma grande diferença desta vez é que cientistas cautelosos estão sugerindo que a última descoberta pode ser realmente histórica.
Quase todas as notícias publicadas sobre o assunto têm uma frase do professor Roger Morris, do King's College de Londres.
"Suspeito que esta descoberta será julgada pela história como um momento decisivo na busca de medicamentos para controlar e evitar o Alzheimer", disse o cientista.

Momento importante

A fonte primordial de tanta animação é que a substância química descoberta suspendeu a morte de células do cérebro em um cérebro vivo, que, de outra forma, teria morrido devido a uma doença neurodegenerativa.
Quando entrevistei o professor Morris na noite de quarta-feira, ele usou a palavra "marco" várias vezes.
No estudo do Conselho de Pesquisa Médica na Universidade de Leicester, foram usados camundongos com uma doença semelhante à forma humana da doença da vaca louca. Dentro de oito semanas, os cérebros dos camundongos se deterioraram tanto que a memória e os movimentos estavam afetados. Na 12ª semana, os camundongos estavam mortos.
Mas, quando outros camundongos infectados com a mesma doença receberam um "composto parecido com medicamento", eles sobreviveram às 12 semanas sem sinais de morte de tecido cerebral. A substância química também causou efeitos colaterais como perda de peso e diabetes.
Outra fonte de otimismo são as implicações desta descoberta.
A substância química ajuda o cérebro a lidar com a produção de proteínas defeituosas. O Alzheimer tem uma proteína deformada específica, assim como o Mal de Parkinson e a Doença de Huntington.
A resposta do cérebro a todas estas doenças é suspender a produção de proteínas, mas isto acaba matando as células do cérebro. A substância química descoberta ajuda as células do cérebro a ignorar estas proteínas deformadas, e a continuar funcionando, vivo.

Traços em comum

No passado, a pesquisa em doenças neurodegenerativas se concentrou no que era único àquelas doenças. Esta abordagem analisa o que todas têm em comum. E, se a descoberta realmente funcionar, então levanta a possibilidade de um único medicamento para curar ou evitar quase todas as formas de neurodegeneração.
"Se (a substância) paralisa a degeneração do cérebro, vai parar a doença em pessoas que já têm. E se podemos detectar a doença cedo, vai evitar muita degeneração", afirmou Giovanna Mallucci, que liderou a pesquisa.
"A esperança é deter a morte de células do cérebro e isto é o que é tão animador", acrescentou.
Vale destacar que as descobertas precisas do estudo, uma substância química tóxica que os pesquisadores sequer chamam de medicamento, paralisa a morte de células do cérebro em camundongos.
Claramente, isto não é uma cura, mas abre caminho para uma. Dá às companhias farmacêuticas e cientistas algo para trabalhar.
Este processo levará tempo, provavelmente mais de uma década, sem garantias de sucesso no final.

Exemplos

Na história recente da pesquisa médica há muitos exemplos de medicamentos que pareciam promissores em camundongos, mas acabaram decepcionando quando testados em humanos.
Esta substância química funciona em um cérebro de camundongo, que tem 75 milhões de neurônios. Um cérebro humano, mais complexo e com 85 bilhões de neurônios, é muito diferente.
Simon Ridley, chefe do setor de pesquisa da organização de caridade britânica especializada em Alzheimer, Alzheimer's Research UK, disse à BBC que os pacientes terão que esperar muito.
"Temo que (a espera) será mais longa do que qualquer um de nós gostaria. Acredito que há muitas pessoas que estão desesperadas por qualquer notícia sobre novos tratamentos, que eles gostariam de fazer hoje", afirmou.
"Acho que neste estágio poderíamos esperar uma década antes de sabermos se será eficaz", acrescentou.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Detectar 5 anos anos o Alzheimer

Doenças neurodegenerativas


Pesquisa indica como detectar Alzheimer cinco anos antes dos primeiros sintomas

FONTE: REVISTA VEJA

A descoberta pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos capazes de postergar ou evitar o surgimento da doença


Alzheimer

Alzheimer: Níveis de duas proteínas específicas presentes no fluido que envolve o cérebro podem prever Alzheimer (Thinkstock)
Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de detectar se os problemas de memória apresentados por um paciente podem evoluir para a doença de Alzheimer. Em um estudo, a equipe concluiu que níveis específicos de duas proteínas presentes no fluido cerebrospinal (líquido que envolve e protege o cérebro contra lesões) ajudam a prever o surgimento da doença até cinco anos antes do início dos sintomas.
Para os autores, a descoberta, publicada nesta quarta-feira na revista Neurology, pode auxiliar no desenvolvimento de medicamentos capazes de postergar ou evitar o surgimento do Alzheimer — atualmente, não existem drogas com esse efeito. Os pesquisadores acreditam que os testes feitos até agora falharam por terem sido realizados em pessoas que apresentavam sintomas relacionados ao Alzheimer e que possivelmente já haviam sido afetadas de forma mais grave pela doença. Acredita-se que a moléstia se desenvolva no cérebro pelo menos dez antes dos primeiros sintomas clínicos aparecerem.
“Quando vemos um paciente com pressão ou colesterol altos, não esperamos até que ele tenha uma insuficiência cardíaca para tratá-lo. O tratamento precoce em pessoas com doenças do coração evita que o problema se agrave, então é possível que o mesmo ocorra com indivíduos com Alzheimer pré-sintomático”, diz Marilyn Albert, professora de neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins e coordenadora do estudo.
Leia também:
Pesquisa usa pasta de amendoim para detectar Alzheimer

Análise — A pesquisa de Marilyn se baseou em amostras de fluido cerebrospinal coletadas de 265 adultos saudáveis, entre 1996 e 2005. Durante o período da pesquisa e até o ano de 2009, os voluntários foram submetidos a diversos exames físicos e neuropsicológicos.
Os pesquisadores conseguiram identificar quais são os níveis de duas proteínas presentes no fluido cerebrospinal relacionadas a uma maior possibilidade de o comprometimento cognitivo evoluir para a doença de Alzheimer. Essas duas proteínas são a Tau e a beta-amiloide. A equipe demonstrou que quanto maior o nível da proteína Tau e menor o da beta-amiloide no fluido cerebrospinal, maiores as chances de desenvolver a enfermidade.
Segundo os autores, porém, mesmo que uma pesquisa maior confirme esses achados, ainda não será possível evitar o surgimento do Alzheimer justamente pelo fato de ainda não existir um medicamento capaz de fazer isso.



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Alimentação ao excesso ou falta de apetite















Uma alimentação cuidada e regular é essencial para a saúde e bem-estar do ser humano. Em pessoas idosas e com demência uma alimentação equilibrada terá considerações ainda mais especiais e importantes. Por um lado porque a pessoa já se encontra num estado debilitado e não pode ser sujeita a estados de desnutrição ou desidratação, e por outro porque a tarefa em si pode se tornar um desafio para a pessoa que sofre da demência, que pode se esquecer de comer, pensar que já comeu, ou ter dificuldade em lidar com os utensílios de cozinha.
Alterações no comportamento alimentar podem advir de uma perda de interesse em comida, dificuldade em efetuar os movimentos necessários para comer, e uma desapropriação do comportamento à mesa. Alguns doentes terão vontade de comer a toda a hora, enquanto outros terão de ser encorajados a manter uma boa dieta.

Nos doentes
Causas subjacentes a uma perda de interesse na comida nos doentes com DA:
    • O próprio envelhecimento diminui a necessidade de calorias;
    • Depressão;
    • Obstipação;
    • Problemas cardíacos ou intestinais ou diabetes;
    • Dificuldade em mastigar ou engolir;
    • Aftas, doenças nas gengivas ou boca seca;
    • Diminuição dos sentidos;
    • Perda de memória e apraxia (incapacidade de realizar movimentos sequenciados);
    • Dentaduras mal adaptadas;
    • Perda da coordenação.

Causas que podem estar a levar a um desejo exagerado de comer:
    • Desejo de comer doces;
    • Tédio;
    • Incapacidade de se lembrar da última vez que comeu.

Causas de uma desapropriação do comportamento à mesa:
    • Dificuldade em manusear os utensílios;
    • Perda de interesse;
    • Dificuldades em engolir;
    • Dentaduras mal adaptadas.

O cuidador
Mais uma vez, o cuidador terá um papel preponderante em garantir que o doente se alimenta de forma adequada, e no acompanhamento e simplificação de tal tarefa.

Tornar as refeições mais simples...
    • Limitar possíveis distrações, servindo as refeições em locais sossegados e calmos (sem televisão ou outro tipo de distrações);
    • Preparar a mesa de refeição da forma mais básica possível. Colocar apenas os utensílios essenciais para a refeição, optar por louça com uma cor contrastante para ajudar o doente a distinguir a mesma da mesa. Evitar objetos que possam confundir ou distrair o doente;
    • Evitar louça com padrões ou desenhos porque fazem com que o doente não consiga distinguir os alimentos dispostos. Tal situação pode parecer estranha, mas a verdade é que estes doentes têm as suas capacidades visual e espacial comprometidas;
    • Usar aventais e toalhas de plástico para facilitar a limpeza;
    • Verificar a temperatura da comida pois o doente poderá ser incapaz de verificar se a comida ou bebida está demasiado quente para ingerir;
    • Servir apenas um ou dois alimentos de cada vez, limitando as opções de escolha;
    • Ser flexível e cozinhar as comidas pelas quais o doente tem preferência;
    • Disponibilizar o tempo que for preciso para o doente se alimentar corretamente;
    • Lembrar o doente de mastigar e engolir os alimentos com cuidado;
    • Transformar a refeição numa atividade familiar, fazendo as refeições em conjunto;
    • É comum os doentes se esquecerem que já comeram e estarem constantemente a pedir comida, neste casos, servir pequenos lanches ou aperitivos, como um sumo, uma torrada, umas bolachas,… Caso o doente esteja sempre a remexer à procura de comida, optar por trancar o frigorífico e os armários ou guardar os alimentos num local diferente e ao qual o doente não tenha acesso.

Minimizar potenciais problemas...
    • Dar preferência a alimentos que sejam mais fáceis de mastigar e engolir. Adicionalmente, pode cortar ou laminar os alimentos.
    • Estar sempre alerta para sinais de asfixia. No final da refeição, verifique a boca do doente para garantir que todos os alimentos foram engolidos. Aprender a manobra de Heimlich para o caso da pessoa ao seu cuidado se engasgar;
    • Não usar suplementos vitamínicos, a menos que sejam prescritos pelo médico;
    • Avaliar as possíveis causas da diminuição de apetite do doente, optando por alternativas como servir um maior número de refeições mas mais pequenas, em vez das três refeições comuns, preparar os alimentos preferidos do doente e aumentar a sua atividade física.

Manobra de Heimlich

Um preparo é fundamental!
Espero que jamais aconteça(com minha mãe -segunda fase do Alzheimer-aconteceu).
Sempre bom conhecermos algumas técnicas nos momentos em que a rapidez salva vidas.






segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vida prossegue...



















Dia 14 de Setembro foi o dia da Senhora Alzirinha Margarida...
Comemorado na intimidade a data especial dela.
Parabéns Mãe!!!
Que as pessoas e energias boas te envolvam sempre!

Eu(filha)sentindo saudades de tudo.
Este ano especialmente olho pra ti e sinto saudade de como era antes da doença.
Minha mãe-amiga-conselheira. Uma afetividade, cumplicidade que não necessita de explicação.
Obrigada por ser quem foi e ainda viver no quem é agora! Uma presença física e Alma boa!!!
Não sei ao certo por onde andas, por onde teus pensamentos e sonhos, porém no meu coração cotidiamente.
Para nós duas as teorias já ficaram ultrapassadas. A música que toca é sem partituras.
Felizes dias...chegou aos 89 anos! Quem diria...te amo!