Universo de Memórias

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Leveza do Amor

Sentada, agitada nos compromissos do dia observei minha mochila no canto, inerte... refletindo, parafrasiei um certo filme sobre o amor...
Então peguei minha mochila e comecei a retirar objetos. "Objetos?" Tirei dali todos os e-mails, cartas e juras de amizade, de amor. Já comecei a sentir a importância do meu ato. Juntei com carinho os blogs, MSN, Yahoo, e outros mais, que se declararam em ser uma memória enorme, já criando marcas profundas na minha alma.
Juntei CDs, DVDs, milhares de fotos digitalizadas e guardadas com carinho.
A saudade, agora, invade.
Adicionei ainda os desconfortos, as descobertas, os flagrantes internéticos, as nossas falhas, nossos erros, os nossos acertos.
As alças da mochila agora flutuam em meus ombros.
Juntei os vários amigos formados pessoalmente e pela internet...amigos para sempre?
Esvazio de um lado e coloco o melhor de cada pessoa.
Para todos os lados que olho há coisas a se juntarem e a encherem a mochila novamente ganhando consistência.
Os nomes e rostos são tantos, mas carrego com um largo sorriso no rosto 
(de orelha a orelha).

Valeu a força!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Retorno

Voltando às postagens abandonadas por um tempo necessário. Um tempo de quase cinco meses em uma Casa de Repouso muito bem equipada, arejada, escolhida entre tantas e para nós, para Mãe, algo que daria certo.
Tirei nossa Bebê de lá dia 30 de Junho. Em nossa casa ela melhora um pouco a cada dia. Este pouco é progressivo e neste aspecto nenhum outro lugar daria a necessidade extra: Amor!
Quando eu dizia que minha fofa sentia o ambiente e comunicava-se no olhar não estava a enganar-me.
É evidente que não existe cura, existe algo na evolução da própria doença, mas muito melhor por perto. Os horários exclusivos dela, os hábitos que mantivemos. Não me arrependo da internação. Estávamos todos exaustos e doentes. Não é nada fácil ser a única filha decidindo e correndo por cada detalhe. Algo de continuidade na Clínica também.
Na verdade enxerguei os dois lados da moeda, vivenciei momentos aflitivos junto à ela e nos esgotamos da mesma maneira com o passar dos meses.
Aqui, voltou a ser nossa luz, nossa bebezona e cercada de carinho.
O Pai Maior nos ampara Mãe!