Universo de Memórias

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os Benefícios da Poesia...

"Enquanto poeta fiquei feliz com esta notícia..."


 Na cidade natal de Shakespeare, poesia vira terapia para Alzheimer

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 28/11/2013 16:15 Atualização:

Voluntária lê poesia para idosa em asilo de Stratford upon Avon, em 29 de outubro de 2013. Foto? AFP/WILL OLIVER
Voluntária lê poesia para idosa em asilo de Stratford upon Avon, em 29 de outubro de 2013. Foto? AFP/WILL OLIVER
Stratford-upon-Avon, Inglaterra. Uma adolescente começa a ler um poema de Rudyard Kipling, rompendo o silêncio em uma sala cheia de idosos: "se puder manter a calma/quando todos à tua volta já a perderam", quando um deles, doente de Alzheimer, completa com um murmúrio: "você será um homem, meu filho!".

Para combater a perda de memória que afeta 800 mil pessoas no Reino Unido, instituições especializadas e hospitais estão recorrendo à poesia.

A melodia e o ritmo de versos conhecidos consegue bater na porta da memória, servem de "detonador que ativa" a palavra e as lembranças, explicou Jill Fraser. A associação "Kissing it Better", que ela dirige, organiza leituras em asilos para idosos.

Quando os pacientes "escutam uma palavra que conseguem lembrar de um poema, eles ganham o dia", contou Elaine Gibbs, diretora do lar para idosos Hylands, que abriga 19 velhinhos em Stratford upon Avon, terra natal de William Shakespeare, região central da Inglaterra.

Com os cabelos grisalhos presos e vestido florido, Miriam Cowley ouve com atenção uma jovem que lê o poema "À Margarida", de William Wordsworth, um clássico nas escolas britânicas.

"Sabia o poema, mas tinha esquecido. Aprendi quando era menina", lembrou esta antiga professora, que sofre com a perda de memória recente. "Terei belos sonhos, sonhos tranquilizadores, de margaridas e árvores", comemorou.

Quando se chega a este centro, "todo mundo está sentado em seu canto e, de repente, você começa a ler um poema em voz alta e vê como o olhar deles se ilumina", explicou Hannah Ciotkowski, uma voluntária de 15 anos.

"É maravilhoso quando se juntam a você para terminar um verso", continuou Anita Wright, de 81 anos, ex-atriz da respeitada companhia Royal Shakespeare (RSC), que também lê neste lar e integra o projeto "Kissing it Better", que conta com voluntários de 6 a 81 anos.

O ritmo da poesia "cola no nosso eu mais profundo", assegurou Lyn Darnley, que chefia o departamento de voz e texto da RSC.

"A poesia pode afetar, recuperar lembranças, não só emoções, mas também da profundidade da linguagem", continuou Darnley.

Anita Wright lembrou de uma experiência emocionante. Ela estava lendo um poema sobre um homem que se despedia da amada, quando uma idosa começou a chorar e lembrou da morte do namorado.

"Não tinha dito uma só palavra desde que entrou na instituição e este poema abriu as comportas porque remeteu a um episódio de sua vida", explicou Anita, emocionada.

"A poesia não cura a senilidade", disse Dave Bell, enfermeiro da organização Dementia UK, que luta contra o Alzheimer. "Mas tem o poder de, como a música, devolver confiança aos pacientes: eles descobrem que lembram de algo". Além disso, "permite criar um laço entre gerações", acrescentou.

"Quando for velha", disse Hannah, de 15 anos, "vou querer que as pessoas venham me ver para ler poemas e cantar músicas para mim".

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Mais uma descoberta-Bebês com gene do Alzheimer

27/11/2013 14h44 - Atualizado em 27/11/2013 14h45

Cérebro cresce diferente em bebês com gene do Alzheimer

bebê
O cérebro de bebês com o gene da doença de Alzheimer cresce diferente. Essa foi a conclusão de um estudo que descobriu que pessoas geneticamente predispostas à doença de Alzheimer podem ter diferenças cerebrais detectáveis já na primeira infância.
Uma equipe de cientistas americanos de vários institutos estudou cérebros de 162 bebês saudáveis com idades entre os 2 meses e os 2 anos. Desse total, 60 crianças tinham herdado o gene APOE-e4, que aumenta o risco de desenvolver ao Alzheimer após os 65 anos.

Esses bebês mostraram um menor crescimento do cérebro em várias áreas nas partes medial e traseira do cérebro. Essas são as mesmas regiões que tendem a ser afetadas em idosos com Alzheimer. Os bebês também tendem a ter um maior crescimento do cérebro em áreas na parte frontal do cérebro.
Os cientistas ressaltam que os resultados são preliminares. As alterações cerebrais detectadas em bebês não são necessariamente os primeiros sinais do Alzheimer. As diferenças também não significam que os bebês estejam destinados a desenvolver a doença.
Isso porque nem todos que carregam o gene desenvolvem o Alzheimer. Mas 60% das pessoas que desenvolvem a doença têm pelo menos uma cópia do gene. O gene tem vários papéis diferentes no sangue e no cérebro, alguns dos quais ainda precisam ser esclarecidos.
Os pesquisadores não sabem ao certo como o gene aumenta o risco de Alzheimer. No entanto, é provável que outros fatores, como outros genes e até a exposição a fatores ambientais, sejam importantes na produção das mudanças no cérebro que levam ao Alzheimer. Também não há nenhuma evidência de que as crianças com o gene tenham problemas cognitivos.
As informações desse estudo podem ajudar a dar um passo importante na compreensão de como o gene confere risco para a doença de Alzheimer, algo que não está bem compreendido ainda. Os pesquisadores também esperam que a descoberta leve a novas estratégias para a prevenção dessa doença, que atualmente afeta mais de 5,2 milhões de pessoas somente nos Estados Unidos. Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista JAMA Neurology.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O que é o Testamento Vital






Houve um questionamento sobre o Testamento Vital(hoje-entre pessoas capazes e no gozo de suas plenas capacidades mentais. Apenas um esclarecimento que segue abaixo:

1-   Conceito
O testamento vital é um documento redigido por uma pessoa no pleno gozo de suas faculdades mentais, com o objetivo de dispor acerca dos tratamentos e não tratamentos a que deseja ser submetida quando estiver diante de um diagnóstico de doença terminal e impossibilitado de manifestar sua vontade. É importante que este documento seja redigido com a ajuda de um médico de confiança do paciente. Ademais, ressalte-se que as disposições, para serem válidas no Brasil, apenas podem versar sobre interrupção ou suspensão de tratamentos extraordinários, que visam apenas a prolongar a vida do paciente. Tratamentos tidos como cuidados paliativos, cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente não podem ser recusados. Ao contrário dos testamentos em geral, que são atos jurídicos destinados à produção de efeitos post mortem, os testamentos vitais são dirigidos à eficácia jurídica antes da morte do interessado.
2-    Legalidade e Validade
No mundo, já existem países que legalizaram o instituto do testamento vital. Países como Portugal, EUA, Holanda, Uruguai já criaram normas que regulam o testamento vital.
No Brasil, ainda não há legislação específica que regem esse instituto. Entretanto, a falta de norma regulamentadora não desvalida a concepção do testamento vital. Por não vigorar, quanto aos atos jurídicos, o princípio da tipicidade, os particulares têm ampla liberdade para instituir categorias não contempladas em lei, contanto que tal não venha a afrontar o ordenamento. Contudo, deve-se observar as formalidades testamentárias dispostas em nosso Código Civil e analogias aos artigos das leis estrangeiras que já tipificam o testamento vital como:
1. Capacidade: é necessário que o indivíduo seja capaz, segundo os critérios da lei civil. Ou seja, tenha mais de 18 (dezoito) anos e não enquadre se em nenhuma situação de incapacidade a posteriori. Contudo, entendemos que uma pessoa que seja menor de 18 anos pode fazer o testamento vital, desde que haja autorização judicial, baseada no discernimento desta. Ou seja, na prova de que, ainda que seja incapaz pelo critério etário escolhido pelo legislador brasileiro, possui discernimento para praticar tal ato.
2. Registro: apesar de não haver nenhuma lei impondo o registro do testamento vital,entendemos que a lavratura de uma escritura pública, perante os tabeliães de notas, é de extrema importância para garantir a efetividade deste, uma vez que os tabeliães possuem fé pública. Ademais, entendemos ainda que o testamento vital deve ser anexado ao prontuário médico do paciente.
3. Prazo de validade: o testamento vital vale até que o paciente o revogue.
3- Discussões sobre o testamento vital
O testamento vital gera discussões sobre sua validação, pois, de acordo com os arts. 104, II, e 166, II, do Código Civil, o objeto do ato jurídico deve ser lícito, questionando-se a subsistência do testamento vital, sobretudo por aqueles que defendem que a vida, maior bem protegido em nosso ordenamento jurídico, deve ser protegida a todo custo, mesmo que contra a vontade do paciente.
4-    O testamento Vital e a medicina
O método pelo qual o médico abre mão da vida do paciente é denominado de eutanásia e esta se divide em três formas: eutanásia ativa direta, onde se provoca a morte do paciente, para aliviar-lhe o sofrimento; eutanásia ativa indireta, onde não há a intenção de suprimir a vida, mas de aplicar ao paciente medicamentos que, embora abreviem o sofrimento, podem ter por efeito a morte; eutanásia passiva ou ortotanásia, onde simplesmente se deixa de aplicar ao paciente a medicação adequada, havendo a interrupção de tratamento vital, o que nos parece solução perfeitamente admissível.
O capítulo I do novo Código de Medicina prevê os seus princípios fundamentais. Dentre eles está o item XXII que diz: "nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados". Sendo assim, desde que se comprove o estágio terminal da doença, a interrupção do tratamento não será considerado ato ilícito.
5-    Conclusão
Dentre o que foi apresentado, conclui-se que o testamento vital, mesmo não sendo legalizado em nosso ordenamento jurídico, possui requisitos de validade, tendo em vista o respeito da vontade e da autodeterminação da pessoa. Entretanto, deve-se ressaltar que, para que tal testamento seja aceito, a doença do paciente deve ser de tratamento e estágio irreversível.

Referência Bibliográfica

 

GODINHO, Adriano Marteleto. Testamento vital e ordenamento brasileiro.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ativos...por favor





 










Mantermos o cérebro ativo para prevenção do Alzheimer.
Leitura, filmes, cálculos, ocupações, arte, RELAX, plantar(cuidar de plantas), viajar, pequenas folgas, escrever, bordar, pintar, exercícios físicos, aprender novidades, etc.
A doença não apresenta uma única causa, não escolhe classe social, credo, sexo(a incidência maior é em mulheres), nem raças.
 

SE APENAS O ATO DA LEITURA MODIFICA TODA ESTA ESTRUTURA CEREBRAL....IMAGINE O QUANTO A APRENDIZAGEM FAZ POR VOCÊ...

Imagem: Neurociência 





sábado, 16 de novembro de 2013

Células do Olho-Diagnóstico no auxílio


Células do olho podem ajudar a diagnosticar Mal de Alzheimer

Atualizado em  14 de novembro, 2013 - 09:09 (Brasília) 11:09 GMT

Exame de vista | Crédito: AP


Cientistas acreditam que Mal de Alzheimer poderá ser diagnosticado junto com exame de vista
Alterações em células específicas da retina podem ajudar a diagnosticar e acompanhar a progressão do Mal de Alzheimer, segundo uma nova pesquisa conduzida por cientistas americanos.
O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta os neurônios. Seu sintoma primário é a perda da capacidade de memória.
A equipe de pesquisadores descobriu que camundongos com a doença perderam espessura na camada das células oculares.
Como a retina é uma extensão direta do cérebro, eles acreditam que a perda de neurônios retinais pode estar relacionada à diminuição de células do cérebro devido ao Alzheimer.
As descobertas foram reveladas durante uma conferência de neurociência ocorrida nos Estados Unidos.
A equipe prevê que, futuramente, os oftalmologistas, munidos dos devidos aparelhos, consigam detectar o Mal de Alzheimer durante um exame de vista periódico.
Segundo o estudo dos cientistas, alterações nas células da retina também poderiam ajudar a detectar o glaucoma – que leva à cegueira – e que é considerado uma doença neurodegenerativa similar ao Alzheimer.
Scott Turner, diretor do programa de transtornos de memória do Centro Médico da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, afirmou: " A retina é uma extensão do cérebro, por isso faz sentido que os mesmos processos patológicos encontrados no cérebro de Alzheimer também sejam observados no olho. "
Turner e sua equipe analisaram a espessura da retina em uma área que anteriormente não havia sido investigada. O estudo incluiu camada nuclear interna e a camada de células ganglionares da retina (um tipo de neurônio encontrado na retina).
Eles concluíram que uma perda de espessura ocorreu apenas em camundongos com Mal de Alzheimer. A camada de células ganglionares da retina foi reduzida à metade de seu tamanho e a camada nuclear interna diminuiu em mais de um terço.
"Nossa descoberta sugere uma nova compreensão do processo da doença em seres humanos e pode levar a novas formas de diagnosticar ou prever a doença de Alzheimer que poderiam ser tão simples como um exame de vista", explicou Turner.

Não-invasivo

Turner acrescentou que, eventualmente, os tratamentos desenvolvidos para frear a progressão do Mal de Alzheimer também poderiam ser usados para tratar o glaucoma.
"Esperamos que isso se traduza em pacientes humanos e suspeitamos que o afinamento da retina, assim como o afinamento cortical, ocorre muito antes do início do processo de demência", disse Tuner à BBC News.
"Porém, estudos em humanos ainda são necessários para comprovar nossa tese. O problema é que os biomarcadores principais da doença de Alzheimer são muito caros ou invasivos. Já um exame minucioso da espessura da retina – por tomografia de coerência ótica – seria um procedimento barato e não-invasivo".
A causa do Mal de Alzheimer , uma das principais causadoras da demência, ainda é desconhecida.
Apesar de ainda não haver cura, médicos acreditam que o tratamento precoce do Alzheimer é a maneira mais eficaz para evitar a perda de memória, seu principal sintoma.
Para Laura Phipps, do Alzheimer Research UK, centro de pesquisa para a doença baseado no Reino Unido, há cada vez mais evidências ligando a perda de células da retina ao Mal de Alzheimer.
"Diagnosticar a doença de Alzheimer com precisão pode ser uma tarefa difícil. Por isso, é vital para continuar investindo em pesquisa para melhorar os métodos de diagnóstico", afirmou Phipps.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Resultados de Outubro




 Foto: Gabriele Bahr





















Olá
Bom dia, boa tarde, boa noite

Filhotes de passarinhos aceitam mãos que os amparem nos primeiros voos tais quais nos nossos queridos velhinhos ao final de suas jornadas.

O Outubro de Alzirinha Margarida trouxe muitas mudanças e com elas novas adaptações, novas situações(algumas surpresas inesperadas).
Os cuidados exigem muito esforço físico, emocional e por este motivo se faz necessário o equilíbrio entre decisões delicadas.
Neste acompanhamento aprendi a organizar, compreender, aceitar, agir, porém...planejar por inteiro independe da nossa "vontade", mas sim das necessidades de minha mãe, também as minhas enquanto responsável-cuidadora e daqueles próximos aos atendimentos.

O amor, carinho é de vital importância...longo aprendizado.

A questão é que as vidas não andam numa linha reta, as ideias precisam constantemente de revisão, afinal...não "lidamos com um objeto" e sim um "ser humano idoso(a) acolhido e apegado a determinadas pessoas" sejam estas familiares ou não.

Um esforço gigante para o meu coração através de escolha feita no presente momento.

O Alzheimer é como um trem fantasma ou uma montanha russa onde os retratos, paisagens passam, acontecem em segundos sem aviso prévio.

Não é mecânico, não é frio(nem nunca será)a lida com um paciente portador da doença.
Jamais...





 

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Mais uma pesquisa

Estudo indica 11 genes que teriam ligação com mal de Alzheimer

Um estudo que envolveu quatro grandes consórcios internacionais de pesquisa e analisou o DNA de quase 75 mil voluntários - 25,5 mil portadores do mal de Alzheimer e 49.038 pessoas saudáveis do grupo de controle - de 15 países descobriu 11 genes relacionados à forma mais comum da doença neurodegenerativa. Eles se somam a outros genes conhecidos e que podem ser alvo de medicamentos para combater a desordem. O estudo foi divulgado neste domingo na revista especializada Nature Genetics.

Os genes descobertos atuam no funcionamento de marcas conhecidas do Alzheimer, como o acúmulo das proteínas tau e beta-amiloide no cérebro. Além disso, foram identificadas marcas genéticas ligadas à resposta imunológica e inflamação, migração celular, transporte de lipídios e endocitose. Além disso, outros genes foram apontados como "potenciais" para auxiliar no tratamento da doença, mas que precisam de mais pesquisa. 

Segundo os cientistas, a descoberta pode indicar medicamentos que podem ajudar a prevenir ou diminuir os efeitos da doença nos portadores ao focar no funcionamento desses genes.

"Nossas descobertas nos levam mais perto de identificar novas drogas para o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. Nós continuamos a expandir e analisar nossos dados desse incrível grupo e então nós podemos entender melhor as influências genéticas nessa doença devastadora e achar novas intervenções médicas e terapêuticas", diz Margaret A. Pericak-Vance, diretora do Instituto John P. Hussman (EUA) e um dos líderes do estudo.

"O Alzheimer é uma desordem complexa, e mais estudo é necessário para determinar o papel relativo de cada um desses fatores genéticos. E eu espero continuar nossa colaboração para descobrir mais sobre estes - e quem sabe outros - genes", diz Gerard Schellenberg, professor da Universidade da Pensilvânia e líder de um dos quatro consórcios envolvidos no esforço.

Fonte: Terra