Estudo indica 11 genes que teriam ligação com mal de Alzheimer
Um
estudo que envolveu quatro grandes consórcios internacionais de
pesquisa e analisou o DNA de quase 75 mil voluntários - 25,5 mil
portadores do mal de Alzheimer e 49.038 pessoas saudáveis do grupo de
controle - de 15 países descobriu 11 genes relacionados à forma mais
comum da doença neurodegenerativa. Eles se somam a outros genes
conhecidos e que podem ser alvo de medicamentos para combater a
desordem. O estudo foi divulgado neste domingo na revista especializada
Nature Genetics.
Os genes descobertos atuam no funcionamento de marcas
conhecidas do Alzheimer, como o acúmulo das proteínas tau e
beta-amiloide no cérebro. Além disso, foram identificadas marcas
genéticas ligadas à resposta imunológica e inflamação, migração celular,
transporte de lipídios e endocitose. Além disso, outros genes foram
apontados como "potenciais" para auxiliar no tratamento da doença, mas
que precisam de mais pesquisa.
Segundo os cientistas, a descoberta pode indicar
medicamentos que podem ajudar a prevenir ou diminuir os efeitos da
doença nos portadores ao focar no funcionamento desses genes.
"Nossas descobertas nos levam mais perto de identificar
novas drogas para o Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas. Nós
continuamos a expandir e analisar nossos dados desse incrível grupo e
então nós podemos entender melhor as influências genéticas nessa doença
devastadora e achar novas intervenções médicas e terapêuticas", diz
Margaret A. Pericak-Vance, diretora do Instituto John P. Hussman (EUA) e
um dos líderes do estudo.
"O Alzheimer é uma desordem complexa, e mais estudo é
necessário para determinar o papel relativo de cada um desses fatores
genéticos. E eu espero continuar nossa colaboração para descobrir mais
sobre estes - e quem sabe outros - genes", diz Gerard Schellenberg,
professor da Universidade da Pensilvânia e líder de um dos quatro
consórcios envolvidos no esforço.
Fonte: Terra
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