Universo de Memórias

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Não custa lembrar que...














Adoraria dar a notícia da cura do Alzheimer, mas não será desta vez. Há um longo caminho (uma década, talvez) para que se chegar a uma droga que possa ser testada em humanos. Isso se ela prosperar nas etapas anteriores...
Enquanto não surge uma forma eficaz de mudar o curso da doença, o que nos resta é disseminar a importância da prevenção. Alguns fatores de risco: 
 
Idade avançada
É o principal deles. Quanto mais vivemos mais nos aproximamos da possibilidade de ter Alzheimer.
 
Função cognitiva

Exercitar o cérebro é fundamental em qualquer idade e ainda mais na velhice. Desafie seus neurônios sempre. Leitura, jogos de memória, palavras-cruzadas estimulam o cérebro. Mudar o caminho de casa também. Liberte-se da dependência do GPS e experimente novos trajetos pela cidade.

 
Peso
O índice de massa corpórea (IMC) costuma cair dez anos antes do aparecimento da demência. "No final da vida, as pessoas devem se preocupar mais com o baixo peso do que com a obesidade." Uma forma de aumentar a massa corpórea sem precisar comer mais é cultivar a massa muscular. Praticar exercícios com pesos na velhice não é garantia de nunca ter Alzheimer, mas não costuma fazer mal – desde que o idoso tenha boas condições de saúde e acompanhamento profissional.
 
Genética
Pessoas com uma mutação no gene que comanda a produção de uma substância chamada de apolipoproteína E têm risco mais elevado de sofrer da doença. Testes genéticos identificam essa característica, mas não são 100% confiáveis. Muitos geneticistas não recomendam o teste porque as pessoas poderiam se alarmar desnecessariamente.
Concordo. Fiz um teste desses há quatro anos para avaliar a empresa que o oferecia. Nunca abri o resultado. Para quê? Para interpretar cada lapso de memória como um sinal precoce de Alzheimer e viver infernizada as décadas que me restam. Não, muito obrigada.

Alterações cerebrais

A ressonância magnética pode revelá-las. Disfunção na massa branca cerebral – que envolve as fibras que conectam os neurônios – é considerada um indicador do impacto da doença vascular. Para preservar a massa branca do cérebro, evite a hipertensão e o diabetes. Pratique atividade física e se alimente de forma equilibrada. Ventrículos do cérebro alargados indicam redução do tecido cerebral.

Doenças cardiovasculares 

Aumentam o risco de Alzheimer. Dieta e exercício é a melhor forma de se manter longe delas.
Podemos fazer muita coisa para manter a doença longe do nosso horizonte, mas alguns fatores escapam do controle. São aquelas coisas da vida contra as quais não adianta lutar – só aceitar. Por enquanto, é assim.
 
FONTE:(Cristiane Segatto escreve às sextas-feiras)

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