Universo de Memórias

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Dicas de como utilizar jogos com o paciente


Como usar jogos com pessoas com a doença de Alzheimer?


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Sabe-se que a doença de Alzheimer é devastadora para todos os que estão envolvidos, família, amigos, além do próprio cliente, é claro!
Conforme a doença progride, a perda de memória junto com outras disfunções cognitivas podem tornar difícil o entendimento dos contextos em que o cliente vive e isso tem reflexo nas relações, dificultando-as. Usar jogos e poder fazer isso junto com doente pode fornecer uma excelente oportunidade para estimular a relação. Mas esteja atento: jogar pode ser muito difícil para a pessoa com doença de Alzheimer, aqui está o porquê :
1 . A solução de problemas em fases mais avançadas da doença está prejudicada, assim os jogos de enigmas mais complexos representam um grande desafio e não são recomendados.
- Em fases mais avançadas o enigma na medida certa pode ser: diga o seu nome; as letras do seu nome…  Perguntas simples e diretas relacionadas a coisas concretas e de preferência a hábitos e interesses anteriores do cliente.
2 . A perda de memória recente compromete o uso de jogos que exigem memória de curto prazo.  A perda de memória torna -se um desafio para aprender novos jogos e manter o controle do jogo. A memória também leva a dificuldade em lembrar as regras.
- Os melhores jogos são aqueles que os doentes aprenderam na infância ou há muito tempo, bem como aqueles com regras simples.
4 . Problemas com relações espaciais prejudicam o uso de games que exigem essa habilidade. Os jogos de quebra-cabeça com muitas peças e imagens com muitos detalhes também não são uma boa escolha.
-Escolha quebra-cabeças de temas conhecidos pelo cliente, com poucas peças e peças maiores. Temos um post falando sobre uso de quebra-cabeça, quer conferir? clica aqui.
5. Dificuldade de leitura, a julgar a distância, cor, contraste e isso elimina um número considerável de jogos também.
6. Para aqueles que sofrem com a doença de Alzheimer muitas vezes é difícil encontrar as palavras para objetos familiares e conceitos, tornando a comunicação mais difícil. Ajude-o a achar a palavra certa durante os jogos. Diga a primeira letra ou a primeira sílaba. Ajude o doente a concluir as frases e as informações que ele quer expressar. Ah, sempre valorize e tente dar um significado a o que o doente diz. Lembre-se que o objetivo aqui é manter a conexão entre pessoas e a linguagem é uma das melhores formas para isso.
7. Em situações sociais as pessoas com doença de Alzheimer ficam frequentemente tetraídas porque são muitos desafios ao mesmo tempo, muitas pessoas, muito para lembrar e muitas respostas requeridas e pode ser esmagador e confuso.
- Jogos que exigem mais que duas ou três pessoas podem ser demais.
Informações importantes sobre jogos para pessoas com doença de Alzheimer:
– devem ser simples.
–  devem ter um curto período de tempo de jogo.
– não exigem que os jogadores tenham que acompanhar muitos de detalhes.
– o desafio deve ter relação com o interesse pessoal e entreter e proporcionar um momento agradável para cuidadores, familiares e amigos.
Sabendo o que é difícil você tem a oportunidade de adaptar e dar o desafio na medida certa. Tenha isso mente e não desista de estimular ou de encontrar materiais para isso. É super importante na estimulação do doente com Alzheimer tudo o que o bom jogo proporciona. Persista!!
Lembrando que aqui no site temos várias e várias atividades e recursos que podem ser usados e adaptados. Clique aqui e pesquise!
E, por fim, se você está procurando exercícios para estimulação cognitiva, tem a dica dos nossos cadernos de exercícios!!! Os cadernos Reab.me exploram temáticas do cotidiano e foram pensados no cliente final, o cliente com déficit. Usamos linguagem fácil e acessível para auto-aplicação ou para ser feito com ajuda com cuidador. Enviamos para todooooo Brasil e Portugal. Gostou da ideia? Clica aqui e vai conhecer

Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE). Especialista em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design e Ergonomia (UFPE). Consultora em Tecnologia para Reabilitação.

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