Universo de Memórias

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Alzheimer e Parkinson

OBS PESSOAL: Notoriamente o indivíduo que desenvolve Parkinson terá Alzheimer(excetuando alguns). Quem desenvolve Alzheimer pode apresentar Parkinson a um certo estágio da doença. Minha Mãe teve D.A. e na dependência apresentou D.P.
Segundo pesquisas que fiz é possível.
Se estiver errônea a junção por favor corrijam.

FONTE: DM
Duas doenças degenerativas do sistema nervoso que acometem normalmente pessoas com idade já avançada, o que não é uma regra geral. O mal de Parkinson causa tremores e dificuldades para andar, se movimentar e coordenar. Normalmente quando um paciente jovem é acometido pela doença, a causa mais provável é por hereditariedade. O Alzheimer tem como principais sintomas a perda da memória e distúrbios de comportamento. As informações são da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
 Atualmente existem tratamentos que, apesar de não curarem o mal de Parkinson, auxiliam na qualidade de vida dos portadores da doença. A SBGG alerta que atuar nos fatores de risco da doença é atualmente a única forma de preveni-las. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, a doença de Parkinson acomete uma média de 100 a 200 pessoas por cada cem mil habitantes, é a segunda patologia degenerativa que mais acomete os indivíduos. No mundo, dados da Organização Mundial da Saúde mostram que cerca de 1% a 2% dos idosos possuem a doença.
No dia 9 de agosto deste ano, acontece em Goiânia o 2º Simpósio de Alzheimer de A a Z. O evento será realizado na sede do Cremego. De acordo com o portal da SBGG, o mal de Alzheimer lidera o ranking de doenças que acometem a população idosa, 6% das 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos têm a doença. Estima-se que haja cerca de 1 milhão de pacientes demenciados no Brasil.
Luta contra as doenças
Isabel Machado, 57, sofre com a doença da mãe, a quem ela prefere poupar não citando seu nome. Inicialmente, ela foi acometida por Parkinson e depois pela demência, em seu caso o Alzheimer. Hoje com 88 anos, a mãe de Isabel depende totalmente de outra pessoa, fica acamada todo o dia. “A geriatra foi quem notou a demência, ela é muito inteligente e sabia disfarçar bem quando notava que havíamos percebido algo diferente. Ela iniciou com um andar robotizado, tremor, e ela parecia ausente em alguns momentos”, diz. Isabel explica que, após o início do tratamento medicamentoso, a melhora da mãe foi significativa, o que para ela é uma constatação do diagnóstico correto.
Há cerca de seis anos, a mãe de Isabel tem as duas doenças, ela teve seis filhos, mas atualmente mora com cuidadoras em um apartamento na capital. “Há dois anos, ela deixou de morar conosco, na verdade nós revezávamos, cada dia ela ficava na casa de um dos filhos, mas notamos que isso era uma situação muito difícil e cansativa para ela, então tomamos essa decisão, que não foi nada fácil”, explica. Isabel esclarece que a mãe é acompanhada por três cuidadoras durante o dia, atualmente ela não fala, não anda e vive acamada. Até um tempo atrás ainda era possível tirá-la de casa e até passear, mas hoje, vai no máximo até a sala.
A filha ressalta que a descoberta de ambas as doenças foi de difícil aceitação para toda a família, que de certa forma todos adoeceram com ela. “Até hoje é muito complicado falar disso, eu adoeci, ela está muito frágil. Foi um processo duro e sofrido, mas tivemos que tomar a decisão de deixá-la em um lugar só, onde ela pudesse ficar bem. Todos os dias eu ou outra irmã que mora em Goiânia vamos visitá-la e ver como está. Sei que não é o ideal, mas é o possível. Ela só abre os olhos, não fala, nem reconhece mais ninguém há algum tempo”, ressalta.
Uma doença de tratamento oneroso, é o que diz Isabel, atualmente a mãe não toma mais algumas medicações, no entanto não sai mais de casa, e cada visita do geriatra particular custa R$ 600. “Esses valores não são mais gastos pelas doenças. Em casa temos equipamentos que auxiliam a monitorá-la e facilitam quando as cuidadoras suspeitam de alguma piora de sua saúde. Quando ela sente algo, o geriatra vai até o apartamento para uma consulta”, esclarece Isabel.

O amor 
supera tudo  A velhice traz consigo várias recordações, experiência e outras coisas que o tempo oferece. Imagine então acordar um belo dia, aos 94 anos, e não lembrar grande parte da sua vida, nem mesmo dos seus filhos. É o que aconteceu com o senhor Gonçalo Gonçalves de Lima, ele tem Alzheimer. Ele é avô de Zuleika Lima, 38. Ela explica que, atualmente, seu pai dedica grande parte do seu tempo a ele, que não reconhece ninguém da família. “Eles moram juntos em Belém-PA. A suspeita da doença iniciou quando meu avô passou a ter lapsos de memória rotineiros. Hoje é preciso trocar fraldas e dar banho nele, mas anda, fala e vive quase normalmente”, explica a neta. Zuleika esclarece que o neurologista pediu alguns exames e detectou-se que se tratava de Alzheimer. “O médico disse que o mais provável é que no caso dele tenha sido causado por hereditariedade, já que outras pessoas da família tiveram a doença”, diz.
Para Zuleika, a melhor parte da sua infância eram as férias, que ela passava sempre na casa do avô, que fazia de tudo para agradar a neta mais velha, no caso ela. “É triste porque hoje ele não reconhece mais ninguém, se você passar por ele vinte vezes, ele te dá a mão e te cumprimenta novamente em todas elas”, explica. O pai de Zuleika se aposentou para cuidar de Gonçalo, mas conseguiu um trabalho em que mora dentro das dependências da empresa. “Meu avô fica com uma funcionária e ele sempre por perto para caso ocorra algo. Apesar dessa doença, fomos ao geriatra com ele há algum tempo e a médica se surpreendeu. Meu avô não tem problemas com hipertensão ou do coração, disse que é mais saudável inclusive que meu pai, que é filho dele”, diz.
O avô de Zuleika ainda é muito ativo, ela conta algumas peripécias de Gonçalo durante uma visita a sua casa: “Ele dizia o tempo todo que queria ir embora, ele pegava a chave do carro e tentava abrir o portão, em um desses dias, descuidamos por alguns minutos e quando fomos procurar, meu avô já estava há três quarteirões da nossa casa e correndo, como se estivesse fugindo, hoje a gente ri da situação, mas no dia não foi nada engraçado”, diz. A neta também fala de um episódio comovente: “estávamos em casa e eu peguei um álbum de fotografia antigo para mostrar a ele, tinha algumas fotos do seu casamento. Quando ele viu, eu perguntei se ele reconhecia a mulher da foto, ele respondeu: ‘Essa aí é a Maria de Macedo, meu amor!’ Da minha avó ele se lembra, ela faleceu quando eu tinha 16 anos”, ressalta.
Delson José da Silva, neurologista do Núcleo de Neurociências do Hospital das Clínicas da UFG e diretor do Iineuro-Instituto Integrado de Neurociências, explica que ambas as doenças são neurodegenerativas, ou seja, ocorre perda progressiva de neurônios. “Na doença de Parkinson (DP) ocorre a morte principalmente de neurônios produtores de dopamina, que é um neurotransmissor responsável pelas habilidades motoras, enquanto na doença de Alzheimer (DA) ocorre perda de neurônios produtores de acetilcoloina, responsável por funções cognitivas (memória, atenção, linguagem)”, esclarece.
O médico ressalta que na DP ocorre lentidão dos movimentos (bradicinisia), tremor de repouso, rigidez dos movimentos e alterações da postura (equilíbrio). Já na DA ocorre perda de memória, linguagem e alterações de comportamento. “Ambas ocorrem devido a múltiplos fatores, tantos constitucionais próprios do indivíduo, genéticos e ambientais como fatores agressivos externos”, diz.
 De acordo com o neurologista não existe uma prevenção específica, no entanto o controle de fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides etc. e ter vida saudável com práticas regulares de exercícios, lazer, dieta saudável, equilíbrio psicossocial contribuem para menor incidência destas doenças. “Evitar drogas, alcoolismo, uso indiscriminado de medicamentos psicoativos Também. Existem casos hereditários, porém as formas esporádicas são as mais frequentes. Casos na família aumentam o risco para as doenças”, ressalta Delson.

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