Universo de Memórias

domingo, 5 de junho de 2011

O invisível Destino de Junho

Auto retrato por Carlos Bahr

Ao meu Sogro

O invisível destino de Junho nos trouxe uma ausência. 

É fato. E, de certa forma, tudo parece surreal.
Encontros sorrisos num repentino apagão.
-Sinceramente? -Eu não esperava sua viagem tão cedo.
Não...Não! Aqui não havia Alzheimer.
Uma existência lúcida, admirável e forte.

Uma homenagem particular, como os Girassóis, desdobrando-se para a Luz!
Tenho certeza no Sim! Tenho certeza na Arte, nos pincéis(os quais eternizam momentos).

Não encontro mais palavras porque o sentimento é maior do que elas. 

Escrevi pouco nesses dias e sei o que vocês pensam: nada é gratuito.
Mas, por enquanto, não consigo contrariar essa forte impressão de que a contagem não virá.

Se eu sinto algum vazio, não é pelo que faço às claras, nem é culpa por não sentir culpa alguma.
Por estar tudo condizente com meu grau de experiência em relação ao aproveitamento do tempo, condizente com as vivências.

Desde pequena, desde que tomei gosto pelo ato de respirar e me senti atraída pelos dias que estavam por vir, horas repletas de novidade, desde que eu despertei para a leitura dos "humanos" e que passei a sentir o sabor das pessoas de uma forma muito entusiasmada, desde que eu soube que podia pensar e o pensamento era livre, que dentro do meu pensamento ninguém poderia me achar, desde lá até aqui acolho com   generosidade o que há em mim e no outro de forma correta, afável.

Não pedirei permissão para desenvolver a mim mesma.
Não pedirei permissão para chorar e/ou sorrir quando sua lembrança invadir minha alma.
Não pedirei permissão para sentir saudade boa.
Situo o coração incluído, consciência incluída.

Como passa rápido esse tal de tempo!
Sem o Senhor...agora.




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