Universo de Memórias

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Declínio de memória...

...é até 17 vezes mais rápido nos últimos dois anos e meio de vida.

De acordo com pesquisa, redução da frequência de atividades que estimulam o raciocínio está relacionada com piora das funções cognitivas nesse período

Segundo pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Rush, nos Estados Unidos, o declínio da memória ocorre mais rapidamente nos últimos dois anos e meio de vida de uma pessoa do que em qualquer outro momento. Por outro lado, segundo eles, essa queda de função cognitiva acompanha a redução da frequência com que um indivíduo realiza atividades que estimulam o raciocínio, como jogos de tabuleiro e de leitura. Essas conclusões fazem parte de dois estudos feitos pela mesma equipe e publicados nesta quarta-feira na revista Neurology.

Em um dos trabalhos, os pesquisadores acompanharam, durante um período de seis a 15 anos, 174 idosos que não apresentavam sintomas de demência. Foram realizados testes de memória nos participantes todos os anos e, após a morte dos indivíduos, os cientistas analisaram, no cérebro dessas pessoas, características que estão relacionadas à doença de Alzheimer.

Os resultados mostraram que, em média, a memória e raciocínio dos idosos declinaram, simultaneamente, de oito a 17 vezes mais rapidamente durante seus últimos dois anos e meio de vida do que em todo o período anterior. Além disso, os pesquisadores observaram que as pessoas que começavam a ter esse declínio mais cedo foram aquelas que apresentavam, ao morrer, maior presença no cérebro de estruturas relacionadas ao Alzheimer. No entanto, a taxa de piora da memória e raciocínio desses indivíduos não foi diferente da dos outros.

Estímulo — Para realizar o outro trabalho, os pesquisadores se basearam em dados de 1.076 idosos com idade média de 80 anos, sem sinais demência, que passaram por avaliações anuais durante cinco anos. Nessas análises, os participantes realizaram testes cognitivos e também informavam se praticavam atividades que estimulam o raciocínio, como leitura de jornais e livros, e se tinham o hábito de escrever e de jogar xadrez ou damas.

A pesquisa indicou que quanto mais atividades que estimulam o raciocínio os idosos praticam, mais eles preservam a sua função cognitiva durante a velhice. Além disso, os pesquisadores observaram que conforme a frequência de atividades que estimulam o raciocínio cai, também declina a função cognitiva dos indivíduos, e em taxas praticamente semelhantes. "Os resultados sugerem uma relação de causa e efeito: ser mentalmente ativo nos leva a uma melhor saúde cognitiva na velhice", afirma Robert Wilson, coordenador dos trabalhos.

FONTE: VEJA

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