Estudo: Alzheimer travada em tratamento inédito e encorajador
Autor: António Henriques |
Terça-feira, 02 Julho 2013 08:55 |
Seis pacientes com a doença de Alzheimer
foram submetidos a um estudo da autoria de investigadores da
Universidade de Toronto, no Canadá. Depois de um ano de trabalho, por
via de estímulos cerebrais, verificou-se, em dois doentes, o recuo da
doença de Alzheimer, sendo que nos restantes a deterioração do cérebro
parou. Os investigadores vão repetir o tratamento em 50 pessoas com o
mesmo problema. Uma equipa de investigadores canadianos da Universidade de Toronto, comandada por Andres Lozano, levou a cabo um trabalho inovador, que conseguiu o mérito de travar e reverter a doença de Alzheimer, cuja cura e tratamento são um dos grandes desafios da ciência. Graças a este estudo, pela primeira vez conseguiu-se parar a doença, por via de uma técnica que recorreu a estímulos cerebrais, foi possível verificar uma reversão da doença de Alzheimer, o que abre portas para o tratamento de uma doença incurável e que se carateriza pela perda de memória progressiva, até à morte. A técnica utilizada consiste no envio de estímulos através de impulsos elétricos, no cérebro de pessoas com Alzheimer. Os cientistas aplicaram o tratamento em seis pacientes, sendo que todos eles tinham a doença há um ano, no mínimo. Os investigadores foram sujeitos a impulsos elétricos enviados para o cérebro, onde foram colocados elétrodos no fórnix – conjunto de neurónios que comunica com uma das regiões que começam a ser afetadas pela doença de Alzheimer: o hipocampo. Com o mau Durante um ano, os pacientes foram sujeitos a estes impulsos e os resultados foram encorajadores: submetidos a novos exames, verificou-se que a doença de Alzheimer não avançou e, em dois casos, entrou num processo de retrocesso. Nestes dois pacientes, a região do cérebro que está associada à memória não só não inverteu, como voltou a recuperar o tamanho normal. Já nos outros quatro doentes com Alzheimer, verificou-se que não houve avanço da deterioração do cérebro. A doença foi totalmente controlada. O processo de absorção de glicose também voltou aos níveis normais, sendo que o lobo temporal recuperou o seu funcionamento. Não obstante estes resultados muito encorajadores, a equipa de investigadores canadiana pretende avançar no estudo. As conclusões do mesmo são, a partir de agora, plataformas para avançar na cura de Alzheimer, que ainda não pode ser anunciada. A equipa da Universidade de Toronto vai alargar a amostra de pacientes, de seis para 50 pessoas com a doença. |
Que boa notícia, mas acredito mesmo que tudo seria somente uma questão de tempo. Pena que não existem muitos estudos e avanços par aqueles que se encontram nas fases mais adiantadas dessa doença hedionda. De certa forma, nós que lidamos com doentes em fase avançada nos sentimos um pouco órfãos ao constatar o que parece ser uma preocupação maior com doentes iniciais...mas claro que racionalmente compreendemos que isso corre devido ao pouquíssimo que se sabe efetivamente sobre essa doença.
ResponderExcluirSei bem do que escreves. A ciência poderia um aprofundamento mais eficaz visto que são milhões de portadores a cada ano.
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