Alzheimer: Mais uma peça na construção do puzzle
Três investigadores da Universidade
do Porto desenvolveram um estudo sobre a doença de Alzheimer. Segundo os
autores, as estatinas podem prevenir o aparecimento da doença.
Três jovens cientistas da Universidade do Porto (UP)
desenvolveram uma investigação focada na procura de novas soluções
terapêuticas para as doenças neurodegenerativas. Os estudantes propõem
uma nova abordagem sobre o Alzheimer.
O estudo,
"Alzheimer Disease, Cholesterol, and Statins: The Junctions of
Important Metabolic Pathways", tem como objetivo contribuir para a
construção de um puzzle ainda muito incompleto: o estado do conhecimento
das doenças neurodegenerativas. Segundo Tiago Silva, um dos autores do
estudo, a terapia atual para o tratamento do Alzheimer está baseada no
conceito "um fármaco - um alvo e é incapaz de subverter e impedir a
evolução da doença".
O que são estatinas?
As estatinas constituem um grupo de substâncias, denominadas lipoproteínas, que são empregadas em medicina para tratar os altos níveis de colestrol. Funcionam como inibidores de colesterol LDL, considerado o mau colesterol no organismo humano.
Em entrevista ao JPN, Tiago Silva afirma que os tratamentos para a
doença de Alzheimer, "não são eficazes no controlo da progressão da
doença". O jovem doutorando da Faculdade de Farmácia da Universidade do
Porto (FFUP)
admite que "a medicação atua apenas a nível sintomático, tentando
compensar as perdas cognitivas, o que resulta no prolongamento da
qualidade de vida do doente", mas não elimina a patologia.
Assim, o grupo de investigação alerta que as estatinas (medicamentos
utilizados para a diminuição dos níveis de colestrol), podem influenciar
o aparecimento da doença de Alzheimer. Segundo estudos epidemiológicos,
verificados na publicação, "pacientes que fazem medicação com estatinas
ao longo da vida, têm um prevalência menor da doença de Alzheimer na
terceira idade, quando comparados com grupos que não foram expostos a
este tipo de intervenção farmacológica".
Tiago Silva revela ainda "que as estatinas podem apresentar um
potencial de neuroproteção e prevenir doenças do foro neurodegenerativo.
No entanto, alerta: "As estatinas não podem ser tomadas por pessoas que
não necessitem de dimuniur os seus níveis de colestrol, uma vez que, o
colestrol é um componente essencial ao funcionamento correto das
células humanas".
O aluno da FFUP admite que o futuro da população o preocupa, uma vez
que "os tratamentos existentes atuam ao nível dos sintomas e são por
isso incapazes de curar a doença", nesta sequência o estudo desenvolvido
pela UP torna-se vital no contexto atual.
FONTE:Jornalismo Porto Net
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