Universo de Memórias

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Voltando às Memórias de convívio

Quando a vida lhe parecer braille,
Cheire
Escute
Deguste
Mensure
Misture
e sinta o que está do lado de dentro.

Leio muito. A leitura comum de livros(impressos) e navegando na internet. 
Mas, a leitura maior que faço são as que tenho com minha Mãe. 
Nos relatos lidos por um número expressivo de pessoas que cuidam dos seus idosos percebi, há tempos, o quanto eles se apegam a uma boneca, um chapéu, uma vestimenta, uma certa cadeira, um certo tipo de alimento, um lenço, uma bolsa e tantos outros códigos perceptíveis.
Lembrei-me imediatamente de nossa Alzira Margarida.
Mamãe embalava a Nina Luna(poodle de estimação da casa)como se fosse um bebê.
Uma espécie de transferência maternal ocorreu ali. 
Uma forma interna de dizer-se acalentadora e responsável por alguém.
Esqueci deste detalhe. 
Jamais gritou, chorou ou teve delírios de audição para bebês, porém manteve essa ligação por algum tempo. Até os dias atuais a Luna é uma guardiã de plantão. 
Os bichinhos sentem o estado geral dos humanos. 
Não tenho dúvida disso.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma Breve Comparação

Estes dias ocorreu-me um exemplo bem simples para explicar, resumidamente, uma parte do Alzheimer.
Imaginem um gramado onde o jardineiro atua para deixá-lo bem cortado e agradável, imaginem (ainda)enquanto o mesmo executa o trabalho.
Normalmente o que se percebe é o funcionário fazendo pequenos tufos de grama no terreno a ser cuidado.
Imaginem o tempo mudando e ventos espalhem os pequenos tufos, resultando em uma desarmonia, caracterizando uma desordem dos emaranhados anteriormente tão bem conexos.
A grama espalhada não se refaz e seca, simplesmente desaparece.

A diferença no cérebro das pessoas é a morte dos neurônios, o cérebro é impedido de funcionar convenientemente. As células cerebrais formam cicatrizes em forma de estruturas microscópicas que se designam de Placas Senis.
O cérebro fica todo desconexo e como a água engarrafada.
Normal os pacientes não interagirem com respostas e conversas continuadas. Eles estacionam e aceleram no meio de diálogos, mudam de assunto repentinamente ou param tudo e ficam mudos num mundo todo particular onde nós não estamos incluídos.
A devastação mental - física que acompanha o Alzheimer é enorme. 

Pode ser comparada a um gigantesco emaranhado de plantas levadas ao vento. Não se iludam. Não existe cura até o momento.
Urgente a pesquisa científica disponibilizada para todos os Países!

Para os Cuidadores, os anos, após o diagnóstico serão difíceis.
Dependerá muitíssimo da maneira de lidar com as flutuações constantes e fases que surgirão dos nossos amados familiares adoecidos.
Além de sua saúde mental há de pensar em sua saúde física. Não esqueçam que é normal insônia, ansiedade, depressão leve, sensação de impotência e que estes problemas podem ser tratados. Se sentirem de forma aguda algum destes sintomas, busquem auxílio médico.
Não esqueçam de si mesmos.

Boas Energias, Paz e Luz!