Universo de Memórias

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Voltando às Memórias de convívio

Quando a vida lhe parecer braille,
Cheire
Escute
Deguste
Mensure
Misture
e sinta o que está do lado de dentro.

Leio muito. A leitura comum de livros(impressos) e navegando na internet. 
Mas, a leitura maior que faço são as que tenho com minha Mãe. 
Nos relatos lidos por um número expressivo de pessoas que cuidam dos seus idosos percebi, há tempos, o quanto eles se apegam a uma boneca, um chapéu, uma vestimenta, uma certa cadeira, um certo tipo de alimento, um lenço, uma bolsa e tantos outros códigos perceptíveis.
Lembrei-me imediatamente de nossa Alzira Margarida.
Mamãe embalava a Nina Luna(poodle de estimação da casa)como se fosse um bebê.
Uma espécie de transferência maternal ocorreu ali. 
Uma forma interna de dizer-se acalentadora e responsável por alguém.
Esqueci deste detalhe. 
Jamais gritou, chorou ou teve delírios de audição para bebês, porém manteve essa ligação por algum tempo. Até os dias atuais a Luna é uma guardiã de plantão. 
Os bichinhos sentem o estado geral dos humanos. 
Não tenho dúvida disso.

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