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quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Pesquisa descobre "proteção" em pessoas sem Alzheimer
Pesquisa descobre "proteção" em pessoas sem Alzheimer
Um
estudo publicado nesta quarta-feira no jornal especializado Neuron
oferece uma explicação para algumas pessoas desenvolverem o mal de
Alzheimer e outras não. Segundo os cientistas, a diferença nas pessoas
saudáveis é que elas mantêm a separação entre uma proteína e uma enzima
que, quando combinadas, dão início à degeneração celular característica
da doença.
"É como separar fisicamente a pólvora do fósforo de tal
maneira que a explosão é prevenida", diz Subhojit Roy, professor da
Universidade da Califórnia em San Diego. "Saber como a pólvora e o
fósforo são separados pode nos dar novas pistas sobre a possibilidade de
parar a doença."
Existem dois sinais do mal de Alzheimer no cérebro:
aglomerados de placas da proteína beta-amiloide e "emaranhados" do lado
de fora dos neurônios de outra proteína, chamada de tau. Para que os
primeiros ocorram, é necessário que uma substância chamada de proteína
precursora de amiloide (APP, na sigla em inglês) se combine a uma
enzima. Esta "quebra" a APP em fragmentos tóxicos chamados de
beta-secretase (também chamados de Bace).
"Ambas estas proteínas são altamente expressadas no
cérebro", diz Roy. "Se elas são permitidas a se combinar continuamente,
nós teremos o mal de Alzheimer."
Utpal Das, do laboratório de Roy, e seus colegas
descobriram neste estudo que o hipocampo (uma região do cérebro) produz a
proteína e a enzima continuamente - mas, para evitar que as duas se
combinem, elas são separadas em "compartimentos" diferentes do órgão. "A
natureza parece ter vindo com um truque interessante para separar os
conspiradores", diz Roy.
Eles descobriram também que o aumento da atividade
elétrica neuronal, conhecida pior acelerar a produção de beta-amiloide,
também leva a um acréscimo na convergência APP- beta-secretase.
Segundo Das, o estudo elucidou eventos moleculares
iniciais que levam ao mal de Alzheimer. A descoberta poderia, no futuro,
ajudar a tratar e até mesmo a prevenir a doença. "Um aspecto animador é
que, talvez, possamos procurar por moléculas que mantém fisicamente
separadas a APP e a Bace-1", diz Das.
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