Universo de Memórias

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Alzheimer em 50 questões essenciais

“Alzheimer em 50 questões essenciais”
é o novo livro de Belina Nunes

2014-05-28
Belina Nunes
Belina Nunes
A LIDELvai lançar o livro “Alzheimer em 50 questões essenciais”, da autoria da neurologista Belina Nunes, nsado para o público em geral, principalmente para todos os leitores que tenham casos de familiares ou amigos que são afectados por esta doença. 
Com o objectivo de responder às questões mais frequentes sobre a demência e, em particular, sobre a doença de Alzheimer, este livro está centrado na pessoa com demência e não apenas nos sintomas da doença.

“A doença de Alzheimer tornou-se uma das doenças mais temidas nas sociedades ocidentais (…) Actualmente é difícil encontrar uma pessoa que nunca se tenha cruzado com o termo doença de Alzheimer, e é possível que já tenha ajudado a cuidar de doentes com demência. Mantêm-se, no entanto, muitas dúvidas e mal-entendidos em relação à doença, quer quanto ao seu diagnóstico quer quanto ao que esperar do tratamento e da evolução.
(In Introdução de Belina Nunes)

A autora refere ainda que “as estimativas sobre o número de casos de doença de Alzheimer no mundo, para 2050, é de 1 em cada 85 pessoas… São números assustadores e que deverão impelir a sociedade e cada um de nós a fazer o seu melhor na prevenção.”
 
FONTE: CIÊNCIAHOJE

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Alzheimer e Parkinson

OBS PESSOAL: Notoriamente o indivíduo que desenvolve Parkinson terá Alzheimer(excetuando alguns). Quem desenvolve Alzheimer pode apresentar Parkinson a um certo estágio da doença. Minha Mãe teve D.A. e na dependência apresentou D.P.
Segundo pesquisas que fiz é possível.
Se estiver errônea a junção por favor corrijam.

FONTE: DM
Duas doenças degenerativas do sistema nervoso que acometem normalmente pessoas com idade já avançada, o que não é uma regra geral. O mal de Parkinson causa tremores e dificuldades para andar, se movimentar e coordenar. Normalmente quando um paciente jovem é acometido pela doença, a causa mais provável é por hereditariedade. O Alzheimer tem como principais sintomas a perda da memória e distúrbios de comportamento. As informações são da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).
 Atualmente existem tratamentos que, apesar de não curarem o mal de Parkinson, auxiliam na qualidade de vida dos portadores da doença. A SBGG alerta que atuar nos fatores de risco da doença é atualmente a única forma de preveni-las. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), no Brasil, a doença de Parkinson acomete uma média de 100 a 200 pessoas por cada cem mil habitantes, é a segunda patologia degenerativa que mais acomete os indivíduos. No mundo, dados da Organização Mundial da Saúde mostram que cerca de 1% a 2% dos idosos possuem a doença.
No dia 9 de agosto deste ano, acontece em Goiânia o 2º Simpósio de Alzheimer de A a Z. O evento será realizado na sede do Cremego. De acordo com o portal da SBGG, o mal de Alzheimer lidera o ranking de doenças que acometem a população idosa, 6% das 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos têm a doença. Estima-se que haja cerca de 1 milhão de pacientes demenciados no Brasil.
Luta contra as doenças
Isabel Machado, 57, sofre com a doença da mãe, a quem ela prefere poupar não citando seu nome. Inicialmente, ela foi acometida por Parkinson e depois pela demência, em seu caso o Alzheimer. Hoje com 88 anos, a mãe de Isabel depende totalmente de outra pessoa, fica acamada todo o dia. “A geriatra foi quem notou a demência, ela é muito inteligente e sabia disfarçar bem quando notava que havíamos percebido algo diferente. Ela iniciou com um andar robotizado, tremor, e ela parecia ausente em alguns momentos”, diz. Isabel explica que, após o início do tratamento medicamentoso, a melhora da mãe foi significativa, o que para ela é uma constatação do diagnóstico correto.
Há cerca de seis anos, a mãe de Isabel tem as duas doenças, ela teve seis filhos, mas atualmente mora com cuidadoras em um apartamento na capital. “Há dois anos, ela deixou de morar conosco, na verdade nós revezávamos, cada dia ela ficava na casa de um dos filhos, mas notamos que isso era uma situação muito difícil e cansativa para ela, então tomamos essa decisão, que não foi nada fácil”, explica. Isabel esclarece que a mãe é acompanhada por três cuidadoras durante o dia, atualmente ela não fala, não anda e vive acamada. Até um tempo atrás ainda era possível tirá-la de casa e até passear, mas hoje, vai no máximo até a sala.
A filha ressalta que a descoberta de ambas as doenças foi de difícil aceitação para toda a família, que de certa forma todos adoeceram com ela. “Até hoje é muito complicado falar disso, eu adoeci, ela está muito frágil. Foi um processo duro e sofrido, mas tivemos que tomar a decisão de deixá-la em um lugar só, onde ela pudesse ficar bem. Todos os dias eu ou outra irmã que mora em Goiânia vamos visitá-la e ver como está. Sei que não é o ideal, mas é o possível. Ela só abre os olhos, não fala, nem reconhece mais ninguém há algum tempo”, ressalta.
Uma doença de tratamento oneroso, é o que diz Isabel, atualmente a mãe não toma mais algumas medicações, no entanto não sai mais de casa, e cada visita do geriatra particular custa R$ 600. “Esses valores não são mais gastos pelas doenças. Em casa temos equipamentos que auxiliam a monitorá-la e facilitam quando as cuidadoras suspeitam de alguma piora de sua saúde. Quando ela sente algo, o geriatra vai até o apartamento para uma consulta”, esclarece Isabel.

O amor 
supera tudo  A velhice traz consigo várias recordações, experiência e outras coisas que o tempo oferece. Imagine então acordar um belo dia, aos 94 anos, e não lembrar grande parte da sua vida, nem mesmo dos seus filhos. É o que aconteceu com o senhor Gonçalo Gonçalves de Lima, ele tem Alzheimer. Ele é avô de Zuleika Lima, 38. Ela explica que, atualmente, seu pai dedica grande parte do seu tempo a ele, que não reconhece ninguém da família. “Eles moram juntos em Belém-PA. A suspeita da doença iniciou quando meu avô passou a ter lapsos de memória rotineiros. Hoje é preciso trocar fraldas e dar banho nele, mas anda, fala e vive quase normalmente”, explica a neta. Zuleika esclarece que o neurologista pediu alguns exames e detectou-se que se tratava de Alzheimer. “O médico disse que o mais provável é que no caso dele tenha sido causado por hereditariedade, já que outras pessoas da família tiveram a doença”, diz.
Para Zuleika, a melhor parte da sua infância eram as férias, que ela passava sempre na casa do avô, que fazia de tudo para agradar a neta mais velha, no caso ela. “É triste porque hoje ele não reconhece mais ninguém, se você passar por ele vinte vezes, ele te dá a mão e te cumprimenta novamente em todas elas”, explica. O pai de Zuleika se aposentou para cuidar de Gonçalo, mas conseguiu um trabalho em que mora dentro das dependências da empresa. “Meu avô fica com uma funcionária e ele sempre por perto para caso ocorra algo. Apesar dessa doença, fomos ao geriatra com ele há algum tempo e a médica se surpreendeu. Meu avô não tem problemas com hipertensão ou do coração, disse que é mais saudável inclusive que meu pai, que é filho dele”, diz.
O avô de Zuleika ainda é muito ativo, ela conta algumas peripécias de Gonçalo durante uma visita a sua casa: “Ele dizia o tempo todo que queria ir embora, ele pegava a chave do carro e tentava abrir o portão, em um desses dias, descuidamos por alguns minutos e quando fomos procurar, meu avô já estava há três quarteirões da nossa casa e correndo, como se estivesse fugindo, hoje a gente ri da situação, mas no dia não foi nada engraçado”, diz. A neta também fala de um episódio comovente: “estávamos em casa e eu peguei um álbum de fotografia antigo para mostrar a ele, tinha algumas fotos do seu casamento. Quando ele viu, eu perguntei se ele reconhecia a mulher da foto, ele respondeu: ‘Essa aí é a Maria de Macedo, meu amor!’ Da minha avó ele se lembra, ela faleceu quando eu tinha 16 anos”, ressalta.
Delson José da Silva, neurologista do Núcleo de Neurociências do Hospital das Clínicas da UFG e diretor do Iineuro-Instituto Integrado de Neurociências, explica que ambas as doenças são neurodegenerativas, ou seja, ocorre perda progressiva de neurônios. “Na doença de Parkinson (DP) ocorre a morte principalmente de neurônios produtores de dopamina, que é um neurotransmissor responsável pelas habilidades motoras, enquanto na doença de Alzheimer (DA) ocorre perda de neurônios produtores de acetilcoloina, responsável por funções cognitivas (memória, atenção, linguagem)”, esclarece.
O médico ressalta que na DP ocorre lentidão dos movimentos (bradicinisia), tremor de repouso, rigidez dos movimentos e alterações da postura (equilíbrio). Já na DA ocorre perda de memória, linguagem e alterações de comportamento. “Ambas ocorrem devido a múltiplos fatores, tantos constitucionais próprios do indivíduo, genéticos e ambientais como fatores agressivos externos”, diz.
 De acordo com o neurologista não existe uma prevenção específica, no entanto o controle de fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes, colesterol, triglicérides etc. e ter vida saudável com práticas regulares de exercícios, lazer, dieta saudável, equilíbrio psicossocial contribuem para menor incidência destas doenças. “Evitar drogas, alcoolismo, uso indiscriminado de medicamentos psicoativos Também. Existem casos hereditários, porém as formas esporádicas são as mais frequentes. Casos na família aumentam o risco para as doenças”, ressalta Delson.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Enquanto você dorme...

Considerações pessoais

O sono é necessário, reparador.
Óbvio que cada pessoa tem uma jornada própria de descanso, portanto nem todos seguem um padrão único. Para alguns 5 horas, 6,7,8,9 horas e ajustam seus relógios internos.

Os idosos costumam repousar mais cedo(o que também não é uma regra).
Se esta questão o deixa aflito, cansado, sem apetite ou sintomas diferentes o correto é a investigação com um especialista.

Os Portadores de Alzheimer costumam inverter horários, não dormem ou quando dormem o sono é fracionado. São agitados(a maioria).

Vejam os benefícios do sono:

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Antidepressivos freiam o avanço do Alzheimer

 

Antidepressivo freia avanço do Alzheimer


A substância usada nos antidepressivos, o citalopram, conseguiu estabilizar os sintomas progressivos da doença em até 25% em ratos e em até 38% em humanos


 

FONTE: Correio Brasiliense
Publicação:15/05/2014 11:15Atualização:15/05/2014 09:41

A guerra contra o Alzheimer pode ter ganhado uma arma eficiente e já pronta para uso: um antidepressivo que está no mercado desde 1998. O medicamento, um inibidor da reabsorção da serotonina (SSRI),) freou o desenvolvimento de placas de gordura no cérebro, segundo os resultados de um estudo publicado na edição desta quinta-feira (15) da revista Science Translational Medicine. O acúmulo dessas substâncias é apontado como importante causa da doença neurodegenerativa que, até 2050, deverá acometer 16 milhões de pessoas no mundo. A substância usada nos antidepressivos, o citalopram, conseguiu estabilizar os sintomas progressivos da doença em até 25% em ratos e em até 38% em humanos.
Os pesquisadores acreditam que os bons resultados estão relacionados ao efeito bloqueador dos antidepressivos em alguns neurônios (sxc.hu)
Os pesquisadores acreditam que os bons resultados estão relacionados ao efeito bloqueador dos antidepressivos em alguns neurônios
Os cientistas das universidades da Pensilvânia e de Washington testaram os efeitos da droga no fluido intersticial (FIS) do cérebro de ratos que tinham as placas beta-amiloide e também no líquido cefalorraquidiano (LCR) de humanos saudáveis. “Estudos anteriores demonstraram uma associação entre antidepressivos e a redução da carga de beta-amiloide no cérebro”, explicou, em comunicado à imprensa, a principal autora do trabalho, Yvette Sheline. “Esses estudos examinaram a correlação retrospectiva entre a duração do uso de antidepressivo e a carga amiloide com tomografia por emissão de pósitrons (PET) no cérebros de idosos. Nossa investigação deu um passo além e testou o efeito prospectivo do citalopram nos níveis de amiloide no LCR de indivíduos saudáveis e mais jovens”, compara.

Ratos geneticamente modificados para desenvolver as placas de gordura, mas que foram expostos ao citalopram, tiveram redução dos níveis de beta-amiloide em 25%. Dois meses de exposição à substância freou não apenas o desenvolvimento de novas placas, mas também estabilizou a progressão das que existiam. Um experimento paralelo realizado com 23 humanos saudáveis que tinham de 18 a 50 anos e não haviam sido submetidos a tratamentos para depressão obteve mais resultados impressionantes: 60mg de citalopram reduziram em 38% a produção de beta-amiloide em apenas 37 horas de testes.

Os pesquisadores acreditam que os bons resultados estão relacionados ao efeito bloqueador dos antidepressivos em alguns neurônios, uma ação que aumenta a disponibilidade de setoronina e diminui a produção das placas de gordura. A partir disso, eles acreditam que o desenvolvimento de abordagens terapêuticas seguras e eficientes para reduzir a produção das placas no LCR, mesmo que modestamente, pode prevenir e/ou desacelerar a progressão dos sintomas do Alzheimer. “Nós estamos adquirindo um melhor entendimento das capacidades de SSRIs enquanto continuamos a desvendar os complexos mecanismos do cérebro que desencadeiam a demência do Alzheimer”, diz Sheline.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Novidade-para todos(as) nós

Novas conexões cerebrais

Neurocientistas brasileiros esclarecem antigo paradoxo que, há décadas, intrigava a comunidade científica. Em descoberta inédita, eles identificaram duas novas vias de comunicação entre os dois hemisférios do cérebro.
Por: Henrique Kugler
Publicado em 12/05/2014 | Atualizado em 13/05/2014
Novas conexões cerebrais
Na maioria das pessoas, o lado esquerdo do cérebro processa os estímulos do lado direito do corpo; e vice-versa. (Imagem: Sxc.hu).

Imagine-se como ‘cobaia’ de um experimento neuropsicológico. Sem pânico – ninguém abrirá seu cérebro nem implantará eletrodos em seus miolos.
O teste é deveras simples: por debaixo de uma mesa, sem que você veja, o cientista colocará em sua mão esquerda um objeto qualquer – como, por exemplo, uma chave. Sua tarefa será apenas senti-la por meio do tato. E, em seguida, deverá dizer ao pesquisador o nome do objeto que você identificou.
Pessoas ditas normais não teriam problema algum em realizar esse teste. As informações táteis captadas pela mão esquerda são enviadas ao hemisfério direito do cérebro. Mas, para que se possa expressar verbalmente a ideia de que é uma chave, a informação terá de ser transferida do hemisfério direito – que recebeu os estímulos – para o hemisfério esquerdo – o responsável pela linguagem. Essa comunicação é feita principalmente por meio de uma estrutura cerebral que os cientistas chamam de corpo caloso: um conjunto compacto de fibras nervosas que funcionam como verdadeiros ‘cabos’ de transmissão entre os dois hemisférios.
A ausência do corpo caloso impede a comunicação eficaz entre os dois hemisférios do cérebro. E, pela lógica, pacientes que já nasceram sem essa estrutura deveriam apresentar essa incapacidade


Acontece que algumas raras pessoas já nascem sem essa estrutura – quadro conhecido como disgenesia do corpo caloso. Outras sofrem sua interrupção cirúrgica, em uma operação chamada de calosotomia – em geral para tratamento de casos graves de epilepsia.
Mas algo parecia não fazer sentido. Pois pacientes cujo corpo caloso é retirado cirurgicamente são, normalmente, incapazes de realizar com sucesso o teste neuropsicológico proposto no segundo parágrafo. E o motivo é um tanto óbvio: a ausência do corpo caloso impede a comunicação eficaz entre os dois hemisférios do cérebro. E, pela lógica, pacientes que já nasceram sem essa estrutura também deveriam apresentar a mesma incapacidade. Entretanto, eles realizam o teste de maneira exitosa – de fato, não apresentam dificuldade alguma em reconhecer o objeto. Por quê?
Tal estranheza desafiou gerações de cientistas. E entrou para a literatura como ‘o paradoxo de Sperry’ – pois o fenômeno fora estudado pelo neurocientista estadunidense Roger Sperry (1913-1994), laureado com o Nobel de medicina e fisiologia em 1981.
Após décadas de incertezas e dúvidas, novos dados finalmente esclarecem o intrigante mistério. Os méritos vão para uma dupla brasileira de neurocientistas: Fernanda Tovar-Moll e Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino, em parceria com uma extensa equipe de colaboradores.

Paradoxo esclarecido

“Sabíamos que os hemisférios de pessoas nascidas sem o corpo caloso se comunicavam de alguma maneira, mas ainda não sabíamos como”, diz Tovar-Moll à CH On-line. “Com técnicas avançadas de mapeamento do cérebro, conseguimos identificar dois feixes anômalos que promovem essa conexão.” Os resultados foram publicados esta semana no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences, nos Estados Unidos.
Conexões cerebrais
Conexões funcionais (em amarelo) entre os dois hemisférios cerebrais (em azul e vermelho). Em um paciente saudável (A), as regiões são conectadas estruturalmente por meio do corpo caloso. Em pacientes nascidos sem essa estrutura (B e C), a conexão é feita por vias alternativas. (imagem: Tovar-Moll et al/ PNAS)
Foram estudados seis pacientes, todos nascidos sem o corpo caloso. Eles tinham entre 6 e 40 anos. Neles, os testes mostraram que a comunicação entre os dois hemisférios era praticamente igual àquela vista em um grupo controle formado por indivíduos normais. “Entre os pacientes nascidos sem o corpo caloso, porém, observamos estruturas de conexão alternativas entre os dois hemisférios”, observa Tovar-Moll. “São estruturas não observadas em pessoas que têm o corpo caloso.”
São dois canais alternativos de comunicação entre os hemisférios. “Eles ligam a região do córtex parietal superior bilateralmente”, detalha a neurocientista. É uma área relacionada, entre outras coisas, ao reconhecimento tátil.
A explicação do fenômeno, diz a pesquisadora, está associada ao que chamamos de plasticidade cerebral.

Reorganização do cérebro

Plasticidade cerebral é uma instigante propriedade do cérebro – segundo a qual ele é capaz de se remodelar, reorganizar e readaptar a novos contextos de acordo com novas necessidades que eventualmente se coloquem em seu caminho.
“Um paciente vitimado por acidente vascular cerebral pode, por exemplo, ter alteração de fala ou linguagem e, meses depois, recuperá-las; e é exatamente a plasticidade cerebral que está por trás disso”, explica Tovar-Moll.
Da mesma forma, quando uma criança nasce sem o corpo caloso, seu cérebro consegue de alguma maneira se remodelar para compensar a ausência dessa estrutura. Essa compensação, acreditam os pesquisadores, acontece ainda durante o desenvolvimento do cérebro.
Vias de comunicação cerebral
A imagem mostra, em verde e azul, dois feixes anômalos de comunicação entre os dois hemisférios cerebrais. (imagem: Tovar-Moll et al/ PNAS)
Os autores do novo estudo sugerem que conexões cerebrais nas primeiras fases do desenvolvimento do órgão podem ser radicalmente modificadas – provavelmente em resposta a fatores ambientais ou genéticos –, chegando a formar conexões anômalas alternativas. “É o que chamamos de ‘plasticidade de longa distância’”, diz Tovar-Moll.
Diversas doenças mentais podem ser associadas a padrões anormais de conexão entre distintas regiões cerebrais. É por isso que o entendimento mais detalhado desses mecanismos pode oferecer novo horizonte investigativo no tratamento de diversas desordens neurológicas.
Curiosidade: esses estudos requerem capacidade computacional elevadíssima. Como reporta o biólogo e jornalista Carl Zimmer, em recente edição da National Geographic, um mapeamento preciso de um único cérebro humano usaria nada menos que 1,3 bilhão de terabytes – metade da capacidade computacional de armazenamento que a humanidade tinha em 2012.

Cumprindo pena (Monitorado) para os pacientes de Alzheimer

Berlusconi inicia primeiro dia de trabalho com pacientes de Alzheimer
FONTE:Agence France-Presse



 
O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi chega ao instituto católico Sagrada Família de Cesano Boscone para cumprir o primeiro dia da pena de serviços sociais. Foto: Olivier Morin/AFP Photo


O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi chega ao instituto católico Sagrada Família de Cesano Boscone para cumprir o primeiro dia da pena de serviços sociais. Foto: Olivier Morin/AFP Photo
O ex-chefe do governo italiano Silvio Berlusconi começa nesta sexta-feira seu primeiro dia de trabalho social obrigatório num centro para pessoas com mal de Alzheimer, uma pena que o magnata quer aproveitar para alimentar sua imagem de homem solidário.

Três chefes de governo e magnata das comunicações, condenado por fraude fiscal, permanecerá quatro horas com pessoas que sofrem de demência senil no centro Cesano Boscone, nos arredores de Milão.

"É um lugar tranquilo, onde não se pode agir de forma inesperada, o que foi explicado a Berlusconi, para que ele compreendesse a situação", contou à imprensa Massimo Restelli, encarregado do pavilhão onde moram os doentes de Alzheimer.

"Ele estará sempre acompanhado de um educador, que será seu referencial", explicou.

O programa do primeiro dia de Berlusconi no centro será dedicado a "entrar em contato com a estrutura, com os profissionais, os educadores, os assistentes e também com os familiares dos pacientes", afirmou Restelli.

A partir da próxima sexta, 16 de maio, um dia da semana por pelo menos 4 horas e durante 10 meses, Berlusconi cumprirá sua pena por fraude fiscal com trabalhos comunitários.

O ex-Cavalieri será integrado à rotina  da clínica de "forma gradual" e se encarregará de garantir "vigilância e companhia" a um grupo de 20 idosos com mal de Alzheimer.

Berlusconi, de 77 anos, foi condenado definitivamente em agosto de 2013 a quatro anos de prisão por fraude fiscal, reduzidos a um ano - que deverá pagar com trabalhos em beneficio da comunidade, em vez da prisão domiciliar.

"É um trabalho delicado, porque no momento do almoço é preciso lembrar aos pacientes que eles estão comendo", explicou Restelli, que considera que Berlusconi poderia começar ajudando na hora das refeições.

Em um programa de televisão, Berlusconi, que se sente vítima da justiça italiana desde que entrou para a política em 1994, não perde seu jeito otimista incorrigível e brincalhão.

"Acredito que vão me proclamar santo em breve por todas as coisas injustas que sofri", comentou, pregando novamente sua inocência.
                           

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Alimentação-Imunidade-Fitoterapia-Dicas




















 Li por aí sobre este assunto e deixo minha opinião com embasamentos no convívio com Mãe e com outros que conheci no caminho.

Não é de um dia para outro(como regra geral)que os doentes do Alzheimer deixam de comer, falar ou andar.

OBS: Excetuando quando a Pessoa já estiver em fase avançada e/ou com alguma outra doença grave.
Mesmo assim o que se apresenta pode reverter.
Uns andam e não comem.
Outros comem e não andam.
Persistem os que se alimentam bem, andam e não falam.
São frágeis e fortes ao mesmo tempo.
Nos surpreendem porque renascem das cinzas(várias vezes).

O que ocorre são situações que levam o paciente à progressão dos sintomas irregulares.
Estes, somados à demência, evoluem em sintomas críticos, cíclicos, sem retorno.
O portador pode apresentar uma infecção urinária, uma gripe, constipação intestinal, desidratação, problemas respiratórios e problemas clínicos vários(diabetes, P.A. alta-baixa, colesterol,etc.).

Foquemos na falta de apetite
-Seu familiar enjoa do cardápio
Existem soluções:
.mudança na alimentação;
A preferência por um cardápio rico e variado.
.remédios para apetite(busque contato médico);
.oferecer em menor quantidade as porções;
.bater no liquidificador e misturar os nutrientes disfarçadamente(ex:carne-legumes)a sopas, caldo de feijão, isto é, ao gosto do enfermo;
.suplementos alimentares por períodos que o médico determinar;
.alguns apresentam intolerância a lactose;
.gelatina líquida;
.água(importantíssima-inverno-verão);

-Vocês sabiam que "MEIA GRAMA" DE VITAMINA "C" COMPRIMIDOS EFERVECENTES (pode ser utilizado por diabéticos) DIÁRIAS previnem resfriados e gripes? 
Que fortalece o sistema imunológico?
Que combate os radicais livres?
-Nas farmácias SÓ EXISTEM DE 1 GRAMA, portanto corta-se ao meio e o sabor é agradável.
OBS: CONSULTEM CLÍNICOS GERAIS, NUTRICIONISTAS.

Na ilustração da escrita algumas indicações úteis.

Boas energias aos leitores!


terça-feira, 6 de maio de 2014

O Segredo para a cura do Alzheimer em mais uma novidade


amostras de sangue

Fonte de inspiração para diversos autores e presente em lendas da antiguidade que descreviam uma fonte mágica na qual qualquer um que entrasse voltaria a ser jovem instantaneamente, o rejuvenescimento sempre foi tema de discussão, seja em livros de fantasia ou no meio científico. Quem não gostaria de poder voltar a ser jovem, talvez por problemas de saúde, ou por achar que não aproveitou bem a vida? Parece muito fantasioso para você? 
O rejuvenescimento foi por muito tempo considerado lenda ou obra de ficção, porém, hoje é algo bastante procurado. Entretanto, reverter os efeitos da idade é difícil. O mais comum é encontrar produtos que prometem diminuir o ritmo do envelhecimento, suavizar rugas, etc. Até agora.
Imagine curar um paciente com Alzheimer, por meio da regeneração de seus tecidos cerebrais? Ou então regenerar partes danificadas de um tecido muscular ou ósseo? Os primeiros indícios de que isso pode acontecer já ocorreram na ciência.
De acordo com o The Verge, uma proteína conhecida por GDF11 pode conter a chave para a reversão dos efeitos do envelhecimento. Em 2005, cientistas demonstraram que o sangue de ratos jovens ajudava a regenerar tecidos musculares de ratos mais velhos, durante testes em laboratório. Agora, uma nota do Instituto de Células-tronco de Harvard indica que os resultados foram obtidos por conta da proteína GDF11. Os primeiros experimentos envolviam uma espécie de "costura" nos sistemas circulatórios dos dois ratos, um processo chamado de parabiose. Os resultados mostraram o envelhecimento precoce nos ratos mais jovens, e recuperação acelarada nos mais velhos.
Amy Wagers, que já participou do Stanford report, da universidade de Stanford, agora faz parte da equipe de pesquisa da Harvard por trás das descobertas a respeito da GDF11. Ratos tratados com a proteína isolada demonstraram cognição e resistência melhoradas, além de uma significativa melhora no funcionamento de seus órgãos. Um estudo separado, conduzido por Saul Villeda, da Universidade da Califórnia, em São Francisco, concluiu que simples transfusões de sangue jovem entre os ratos também melhora as funções cerebrais em ratos mais velhos.

Testes em clínicas podem começar daqui a 3 a 5 anos

A comunidade científica está em polvorosa por conta das descobertas, embora ainda existam diversas dúvidas sobre o processo como um todo. Ainda assim, a equipe de Harvard antecipa que os testes clínicos de terapia em humanos utilizando a GDF11 podem começar dentro de um período de 3 a 5 anos, enquanto rumores apontam que a companhia já começou a preparar pequenos testes de transfusão de plasma em pacientes com Alzheimer.
Você provavelmente não poderá voltar aos seus 15 anos de idade, mas convenhamos que os resultados dessa pesquisa são extremamente animadores. Podemos estar presenciando o início de uma revolução na medicina.

Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/saude/O-segredo-para-a-cura-do-Alzheimer-pode-estar-correndo-pelas-suas-veias/#ixzz30zWsXqBJ
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Fonte: Canaltech

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Alzheimer leva a vida sem memória

Alzheimer leva a vida sem memória

Fonte: Saude 

 
Por:Rivânia Nascimento
Publicada em 02/05/2014 06:45:56
Foto: Francisco Galvão / Tribuna da Bahia
 
 
 
Elizete deixou o trabalho para cuidar da mãe que sofre da doença há mais de 10 anos
Uma vida sem passado e sem presente. Assim é a realidade de quem sofre de Alzheimer. No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do mal, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). No entanto, apesar de ser uma doença degenerativa  atualmente incurável, o apoio da familia e o tratamento adequado pode manter a doenca estabilizada.
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda de uma ou mais funções cognitivas. Ela é progressiva e provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social. A doença passa por três estágios: leve, moderado e grave. Nessa última fase, o paciente não reconhece mais ninguém e perde totalmente a autonomia. Explicou Josecy Peixoto, médica e coordenadora do núcleo de residência de geriatria do Hospital de Irmã Dulce.
Causas
De acordo com a especialista, a doença pode se manifestar em indivíduos a partir dos 50 anos. No entanto, a predominância em idosos acima dos 80 anos é de 20%. As causas da doença ainda não são consenso na ciência. “O Alzheimer é resultado da genética e fatores ambientais, ou seja, a forma de vida do individuo. Por ser uma  doença degenerativa, os sintomas podem  aparecer de muitas formas desde um pequeno esquecimento que pode se confundir  com os sintomas típicos do envelhecimento até alterações comportamentais que variam  da  agressividade até a perda total da memória. Por isso, é de fundamental importância que o idoso e os familiares fiquem atentos aos sintomas e busque uma avaliação clinica que é a forma mais soberana de diagnostico”, orientou.
Uma das explicações para a doença se manifestar   em pessoas com  mais idade  é porque nessa fase da vida ocorre a morte dos  neurônios, levando  a uma disfunção cerebral. Algumas manifestam os sintomas   de forma mais leves, outras mais graves.  Segundo  a médica, o tratamento realizado atualmente a base de medicamentos,  não é curativo mais estabilizador.
“O tratamento permite melhorar a saúde, retardar o declínio cognitivo, tratar os sintomas, controlar as alterações de comportamento e proporcionar conforto e qualidade de vida ao idoso e sua família. Mas, vale salientar que o afeto das pessoas mais proximas é o mais benefico”.
Na Bahia, segundo Peixoto,   da população de   idosos do   Estado   estimada   em  mais de 1milhão, cerca de 6%   sofre de  Alzheimer. Segundo informações do Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso (Creasi), de janeiro a dezembro de 2013 foram realizados num total de  4.658 atendimentos na capital de geriatria ou gerontologia, destes 36% são casos  de Alzheimer.
A unidade além de assistência médica também tem uma equipe multidisciplinar com assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos e  núcleos de apoio  aos familiares e cuidadores. Os medicamentos para portadores da  doença de Alzheimer são distribuídos gratuitamente pela unidade  na capital e interior do Estado.
Amor é o melhor tratamento
Geralmente o que o inconsciente coletivo está habituado a visualizar são mães abdicando do trabalho, e em muitos casos da vida pessoal, para cuidar dos filhos.   Mas com a auxiliar de serviços gerais, Elizete Farias de Souza, de 55 anos, foi diferente.   Ela deixou trabalho e projetos pessoais para se dedicar a  mãe que há mais de que dez anos sofre de Alzheimer.
Segundo Elizete, a mãe, dona Odete Farias, de 88 anos, carinhosamente chamada por ela de “Minha Veinha”, começou a apresentar alguns sintomas de esquecimento, mas a família achava que era da idade e deixava passar. Ela conta que  quando dona Odete começou a esconder objetos e a  ficar agressiva que ela percebeu que precisava investigar o quadro de saúde da mãe.
”Minha mãe teve dez filhos. Sempre foi uma mulher ativa cuidava dos netos e de repente ficou distante esqueceu de tudo.  Ela não fala, não anda, não reconhece mais nenhum dos filhos depende de alguém para alimentá-la, dar banho ou seja para tudo. É uma doença cruel, a pessoa fica sem história. Não podia deixar ela passar por esse processo tão difícil  com alguém desconhecido. Essa foi a forma que encontrei de retribuir tudo que ela já fez por mim”, disse.
No caso do aposentado José Lourenço da Silva, de 83 anos, a doença não lhe tirou toda a memoria. Com  muita dificuldade na fala ele diz que  lembra dos filhos e da esposa, mas que fica nervoso quando não consegue lembrar de coisas recentes.  A esposa, Juraci Oliveira da Silva diz que a família sofreu muito no início por não saber do que se tratava. “Ele ficava nervoso por causa dos tremores nas mãos e do esquecimento. Fomos tentando nos acostumar com a nova realidade. Atualmente ele faz tratamento de fisioterapia e faz usos de medicamentos. Mas o apoio dos filhos e o meu é o melhor remédio que ele tem”, afirmou.

OBS: Acréscimos pessoais
Nos 22 anos que convivi em todos os cuidados para com minha Mãe as dificuldades aumentam.
Todos os estágios requerem muito dos pacientes e mais ainda do familiar que assume todas essas estações do Alzheimer.
Vários cuidam sozinhos, o esgotamento físico, emocional é enorme com o passar dos anos.
A realidade compreendida somente pelos de perto ou que tiveram a mesma luta.
Mesmo tendo auxílio profissional de cuidadores, enfermagem o desgaste é enorme. O custo financeiro também o é.
A doença também nos mostra algumas diferenças dependendo do estado clínico geral do doente.
O final quase não difere, pois são como bebês "involuindo" ao útero.
Sim...amor, paciência, cuidados, prontidão e tantos outros adjetivos são essenciais.
Marília Bahr