Universo de Memórias

sábado, 19 de julho de 2014

Crachá: Tenho Alzheimer. Seja Paciente.

Fonte: BBC Brasil

Diagnosticada aos 55 anos, britânica usa crachá: 'Tenho Alzheimer'

Atualizado em  17 de julho, 2014 - 04:53 (Brasília) 07:53 GMT

Joy Watson. Credito: Alzheimer’s Society
Joy Watson usa um crachá que diz: 'Tenho Alzheimer. Seja paciente.'
"Tenho Alzheimer. Seja paciente."
Com esses dizeres estampados em um crachá, a britânica Joy Watson, de 55 anos de idade, busca obter a compreensão de quem normalmente reage negativamente aos sintomas que ela apresenta.
Watson, da cidade de Salford, nos arredores de Manchester, recebeu o surpreendente diagnóstico da doença - que normalmente afeta pessoas mais velhas - no dia em que completava exatos 55 anos.
"A médica me desejou um feliz aniversário e disse, em seguida, que eu tinha Alzheimer e que muito de meu cérebro já tinha sido afetado", disse ela à BBC. "Entrei em pânico."
O surgimento precoce da doença, apesar de pouco conhecido, não é tão raro. Nos Estados Unidos, cerca de 5% dos portadores de Alzheimer têm menos de 65 anos.
Entre os primeiros sintomas do mal, estão a perda de memória, dificuldades em lidar com linguagem e com achar soluções para os problemas do dia-a-dia.
Watson conta que a situação é piorada pelo fato de muitas pessoas com quem interage sequer desconfiarem de que ela tenha a doença. Sem saber, diz, "as pessoas têm reações muito negativas, são muito impacientes".
Joy Watson. Crédito: Alzheimer’s Society
Watson foi diagnostica com Alzheimer aos 55 anos
"Tenho dificuldade em tomar decisões. Em lojas, por exemplo, costumo demorar muito para escolher produtos, volto atrás. Isso me causa problemas."
A ideia de usar o crachá para se identificar como paciente veio para tentar amenizar essas situações. Ao conscientizar os outros sobre a incidência do Alzheimer entre pacientes mais jovens, Watson também acredita estar usando seu problema de forma positiva.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Os Brasileiros e a expectativa de cuidados na velhice

Os brasileiros são os que mais esperam ser sustentados pela família na velhice, segundo uma pesquisa feita em 12 países. A pesquisa da multinacional de seguro de saúde Bupa, conduzida pela universidade London School of Economics, foi feita com mais de 12 mil entrevistados em junho deste ano. No Brasil, 1.005 pessoas foram ouvidas.



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Três em cada quatro brasileiros entrevistados disseram acreditar que sua família vai sustentá-los na velhice. Em países como França, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Alemanha, menos de 70% das pessoas acreditam que serão sustentadas pelos parentes ao chegarem a velhice. Os brasileiros também estão entre os que mais acreditam que a responsabilidade de ser sustentado na velhice é dos seus familiares – dois em cada três entrevistados manifestaram esta visão na pesquisa da Bupa. Na Grã-Bretanha, menos de 30% atribuem à família a responsabilidade de sustentá-los na velhice.


Planejamento

O estudo também revelou que os brasileiros são os que mais têm expectativas positivas sobre chegar à terceira idade – 17%. Os brasileiros só perdem para os franceses na “sensação” de juventude. Entre os entrevistados com 65 anos ou mais, 72% disseram que não se sentem velhos, e 67% se declararam saudáveis.


No entanto, apesar da perspectiva positiva sobre a terceira idade, 64% dos brasileiros disseram não estar se preparando financeiramente para a velhice. Menos de 7% das pessoas disseram estar separando dinheiro para quando pararem de trabalhar. “É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e estão até com boas expectativas sobre a velhice, mas as pessoas não podem ser complacentes”, disse o diretor médico da Bupa International, Sneh Khemka.


Os brasileiros também estão entre os que menos atribuem ao Estado o papel principal no sustento das pessoas idosas. Como nos Estados Unidos, Alemanha e Índia, menos de 10% dos brasileiros acreditam que a responsabilidade maior no cuidado de idosos é do Estado. Na China e Grã-Bretanha, mais de 25% dos entrevistados esperam que o Estado os sustentará na velhice. A pesquisa revelou que a principal preocupação das pessoas ao chegar à velhice é com doenças como câncer (para 34% dos entrevistados nos 12 países) e demência (23%).