Universo de Memórias

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Vida Pós Alzheimer 1

Olá amigos(as)!

Retornando à escrita depois de um tempo necessário.
Hoje deixo uma pouco de como se deu minha Vida, meu cotidiano no Pós Alzheimer.
Evidente que sempre com o intuito de auxiliar outros.


"Interações curtas onde a participação dos Cuidadores faz a diferença."

Mãe faleceu em 2014 e a partida dela, talvez, tenha sido surpresa para alguns.
Pessoalmente já esperada por mim nos últimos meses.
Veio a óbito depois que troquei sua fralda e olhando nos meus olhos.

Um resfriado sendo tratado, uma virada rápida para uma Pneumonia.
Simplesmente apagou!
A partir daí meu Mundo teve uma confusão de sentimentos, de afazeres, de "realidades" mais duras do que Eu imaginava.
O primeiro instante foi de choro compulsivo. Tudo aquilo internalizado veio a tona. Nada fácil para uma filha presente durante 23 anos.
Uma luta inglória onde a compaixão fala no som mais alto ao coração!
Lidar com a morte de mamãe, logo de cara, constitui um agregado de situações somadas ao cansaço.
A praticidade engoliu as lágrimas e muitas coisas ficaram fora de contexto, pois mesmo preparada me senti abobada no guardamento, no enterro.
Só sei que no mesmo dia dormi por horas extrapolando todos meus horários habituais e assim continuamente por 1 ano! Sim meu amigos(as)!
Uma das características ocorridas comigo.
O sono era o atraso das noites, madrugadas corujas.


-Alguém sentiu isso?

Obs: em outro momento continuo.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Entrevista para Revista Portal Plena

“Chega um momento em que você se pergunta: ‘quem sou eu?’”. Veja a entrevista de Marília Becher Bahr, que cuidou da mãe com Alzheimer por mais de 20 anos"
Dona da página Vida de Cuidador Familiar, Marília fala sobre a aceitação do diagnóstico, as fases mais críticas da doença e as angústias e preocupações que acompanham os cuidadores: http://migre.me/q8lUP

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Aplicativo para os Portadores



20/5/2015 às 10h16 (Atualizado em 20/5/2015 às 10h20)

Aplicativo ajuda portadores de Alzheimer a reconhecer pessoas e 

lembrar seus nomes

Sistema rastreia rosto de conhecidos e informa grau de parentesco




















Para aumentar a qualidade de vida dos portadores de Alzheimer, 
um aplicativo foi lançado com a promessa de ajudar os pacientes 
a reconhecer pessoas próximas a eles.
O Memory Recaller, da Samsung, usa a câmera do smartphone para 
identificar a pessoa em frente ao usuário, através da tecnologia de 
reconhecimento facial. 
Em seguida, ele avisa ao paciente qual o grau de parentesco dele 
com ela, e informa seu nome.
O sistema de funcionamento é muito simples. Para usar a ferramenta, 
basta conectar o fone de ouvido ao telefone, e manter o aparelho em 
um bolso frontal da camisa deixando a câmera livre para filmagens.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Vidas dos envolvidos

Lidar com uma nova realidade é sempre difícil, principalmente quando se refere a um diagnóstico de Alzheimer. Esta é uma das razões que podem fazer com que alguns pacientes e cuidadores manifestem sintomas de depressão. 
A tristeza constante, o negativismo, o pessimismo e a desesperança podem aumentar.

De acordo com os profissionais de saúde, incentivar o enfrentamento das dificuldades, estimular pensamentos positivos e especialmente oferecer apoio emocional no escopo de transmitir tranquilidade, principalmente nos momentos de angústia e irritação torna-se indispensável.

-Auxiliar no controle do uso de medicações 

-Ajudar na orientação temporal utilizando calendário 
-Auxiliar nas atividades diárias criando rotinas, são algumas maneiras de atenuar a situação                         -Procurar um grupo de apoio e acompanhamento psicoterapêutico também podem ajudar no processo de acompanhamento de ambos

Outra dica bastante recomendada é ler sobre o assunto e receber orientação de profissionais. 

A doença exige paciência, dedicação e compreensão. 
São sintomas que afetam toda nossa família, consomem todas nossas energias porque mexem com o emocional! 

A solidariedade, o apoio e a compreensão não podem faltar nos cuidados com o portador e os laços familiares precisam de fortalecimento para que aquele que cuida se sinta protegido. 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

O Ato de Cuidar

ALERTA!
O ato de cuidar vai exigir do cuidador um envolvimento intenso e uma parcela significativa de seu tempo, por um período indeterminado. 
Também são necessárias tomadas de decisões que atingem diretamente o idoso. 
Devido a essa sobrecarga de trabalho, o cuidado ao idoso pode se tornar ineficaz, pois o cuidador, atribuído de serviços, prestará assistência necessária somente aos cuidados básicos, esquecendo que este portador necessita também de cuidados baseados na patologia que ajudem a minimizar os efeitos danosos desta. 
É de extrema importância a necessidade de uma orientação específica para o cuidador, a fim de que sejam mais facilmente encontradas alternativas que visem à solução ou a diminuição de efeitos danosos advindos com a doença, que a assistência prestada seja de maior eficácia ao tratamento e que ele possa, dessa forma, estar apto para saber como proceder nas situações mais difíceis encontradas no dia a dia. 
Na última fase, o estágio final (fase terminal), o portador perde toda a sua capacidade mental e física, dificilmente reconhece rostos e fica mudo. 
É nesse período que o doente de Alzheimer necessitará de constante dedicação, compreensão e supervisão integral do cuidador.
Neste momento, o cuidador deve ter total disponibilidade e atenção ao doente, pois este já se encontra em situação extremamente debilitado. 
Ocorre também um maior envolvimento emocional do cuidador em relação ao idoso, pois já é sabido que a partir dessa fase não há mais expectativa de vida. 
A partir dos dados coletados em conversas com leigos no assunto foi observado que, para muitos, o esquecimento é visto como uma fase característica do processo de envelhecimento, o que faz com que o Alzheimer seja negligenciado, pois não é encarado como uma doença. 
Notou-se também que há um alto percentual de cuidadores do sexo feminino, sendo geralmente as esposas, filhas, netas ou noras; e, por fim, foi constatada o cansaço descomunal nessa assistência.
Conclui-se que é de extrema necessidade realizar uma reflexão sobre tal situação, a fim de buscar soluções simples e cabíveis para a resolução do problema. 
Como proposta, acredita-se que é de suma importância a realização de um apoio prático a esses cuidadores, buscando dessa maneira, trazer-lhes um maior grau de conhecimento sobre a patologia e as necessidades básicas do idoso. 
Essa história de viver o momento é ótima!
Traz um positivismo, uma ilusão de que poucas mudanças virão.
Isso não implica em terrorismo da minha parte, porém preparem níveis de ajuda para com o familiar.
Cuidar sozinho(falo em cuidar bem)é uma carga explosiva!

Procurem o exercício mental, físico, espiritual.
Não sintam vergonha de pedir auxílio a vizinhos(quando inexistem parentes), amigos ou, se possível, contratar alguém nas horas onde puderem pagar e se sintam mais sobrecarregados.

Os Cuidadores Familiares necessitam de RESPIROS e conexão com o mundo lá fora.
Boas Energias!